O VICE PRESIDENTE GERALDO ALCKMIN RECONHECE O AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES DE AÇO E PODE AUMENTAR SUA TARIFAS
As reivindicações das siderúrgicas que produzem aço no Brasil podem ser ouvidos pelo governo. Desde o ano passado, elas vem denunciando a explosão das importações de todo tipo de aço vindos da China com preços que elas não podem concorrer. Por isso, há uma reivindicação feita ao governo de um aumento de 25% nas taxas de importação da China e de outros países, como Vietnã, Malásia e Turquia, que fazem uma espécie de triangulação, comprando da China e vendendo à outros países, como o Brasil e os Estados Unidos. Aliás, os Estados Unidos também perceberam um certo tipo de inundação de acho provenientes da China, que em função de uma crise na construção, faz com que as siderúrgicas não consigam colocar a produção no mercado chinês e, via subsídios, conseguem colocar o excedente em vários países, principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Vietnã, Turquia e México.
Agora, as reclamações das siderúrgicas brasileiras, parecem ter sido ouvidas pelo Vice-Presidente Geraldo Alckmin, que também usa o chapéu de Ministro da Indústria e Comércio. Ele já apontou para vários produtos que tiveram importações exageradas com preços subsidiados e bem baratos. E apontou o seu dedo direto para as compras de tubos de aço, mas as medidas que deve anunciar em breve vai apontar outros dedos para mais produtos de aço. O Brasil vende o ferro pra China e compra o aço beneficiado. O pedido das siderúrgicas do Brasil é que se aplique um percentual de mais 25% ao que já existe.
O presidente Joe Biden solicitou à autoridades comerciais dos EUA a imposição de tarifas mais pesadas às importações de aço chinês, na ação mais recente de uma campanha mais ampla contra as exportações baratas chinesas que segundo Washington estão inundando os mercados globais e o americano. As exportações chinesas de aço cresceram 33% no último ano. Nos 12 meses até fevereiro, a China exportou 95 milhões de toneladas de aço, segundo dados da Alfândega chinesa, uma soma que supera as estimativas do consumo total de aço pelos EUA em todo o ano de 2022.
O aumento das exportações chinesas de aço é um exemplo da preocupação com a perspectiva de um “novo choque chinês” que abale o comércio mundial. Os investimentos para fábricas para acelerar o crescimento de uma economia sitiada pela queda dos gastos do consumidor e pela crise imobiliária. O resultado é uma é uma explosão das exportações que está trazendo de volta lembranças do choque chinês original do começo dos anos 2000, quando uma torrente de produtos baratos. Um desafio sem precedentes para setores americanos. O presidente Biden pediu a triplicação de uma tarifa importante sobre o aço chinês para 25%, um imposto que se soma a uma segunda tarifa de 25% aplicada ao aço chinês pelo governo Trump em 2018. E pelo jeito esta briga vai longe. Assim, o aço chinês está sendo despejado em outros países como Brasil, Vietnã, Índia, Reino Unido, Filipinas e Turquia, todos com investigações “antidumping” em andamento. As autoridades chinesas rejeitam as queixas de que o país esteja subsidiando injustamente seus fabricantes e exportando um excesso de produtos para os mercados mundiais. Elas classificam as críticas de uma cortina de fumaça à incapacidade das empresas ocidentais de concorrerem com as chinesas. Por isso, pendem “os países para enfrentar seus próprios problemas.” O forte crescimento das exportações chinesas de aço nos últimos 12 meses lembra uma inundação parecida em 2015. As exportações de aço atingiram o recorde de 112 milhões de toneladas naquele ano, 5,5 vezes as exportações registradas uma década antes.
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