BANCOS DEVEM EXECUTAR GARANTIAS DE EMPRÉSTIMOS COM A SETE BRASIL, QUE AGUARDA APORTE DE ACIONISTAS
Os bancos credores da Sete Brasil devem executar em breve as garantias do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN) para receber cerca de R$ 4,5 bilhões referentes a empréstimos para a empresa. Com a medida, o Bradesco, o Banco do Brasil, a Caixa, o Itaú BBA, o Santander e o Standard Chartered tentarão diminuir o prejuízo com os atrasos da Sete Brasil.
A ideia também é pressionar o governo a liberar o empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Sete, já que o valor total da dívida da empresa com os bancos é de R$ 12 bilhões. Enquanto isso, a empresa aguarda um novo aporte de seus acionistas, que estimam precisar injetar de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão na empresa para garantir sua sobrevivência. Junto com o novo capital recebido, a companhia deve buscar a prorrogação por mais 90 dias da dívida de US$ 3,8 bilhões que possui com os bancos.
De acordo com o mercado, os outros bancos foram praticamente obrigados a pedir as garantias do Fundo Garantidor após a Standard Chartered tomar esta atitude. Isso porque os primeiros que fizerem a solicitação recebem uma porcentagem maior do Fundo.
O Chartered é justamente o banco com menor parte no financiamento da empresa, com US$ 250 milhões. O Banco do Brasil, por sua vez, foi o que mais investiu, com R$ 3 bilhões. O empréstimo do BNDES havia sido acordado com a Sete, mas a delação premiada de Pedro Barusco na Operação Lava-Jato interrompeu o financiamento.
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