BACIA DE CAMPOS NÃO RECEBE NENHUMA OFERTA EM SEUS TRÊS BLOCOS | Petronotícias




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BACIA DE CAMPOS NÃO RECEBE NENHUMA OFERTA EM SEUS TRÊS BLOCOS

eloi-fernandez1RIO DE JANEIRO – A Bacia de Campos concentrava grandes expectativas com a realização da 13ª Rodada, mas trouxe frustração para quem esperava novos investimentos na área. Nenhum dos três blocos ofertados na bacia recebeu ofertas dos empresários presentes no leilão, o que sinaliza que os resultados não serão muito otimistas ao fim do evento. Os blocos colocados em oferta são de águas rasas e pertencem ao setor SC-AR3, em uma área total de 350,46 km². Até o momento, não foram apresentadas propostas pela Petrobrás; segundo o diretor geral da ONIP, Eloi Fernández y Fernández (foto), este está se firmando como o leilão das pequenas empresas.

Com um bônus de assinatura mínimo estabelecido entre R$ 18 milhões e R$ 38 milhões, os blocos oferecidos na Bacia de Campos não atraíram sequer uma oferta. A área é a maior produtora de petróleo do Brasil, e possui hoje 49 campos operados por grandes companhias como Petrobrás, Shell, Chevron, HRT, Total, Statoil e OGX. Em maio deste ano, a produção em Campos chegou a 1,7 milhão de barris de óleo equivalente por dia, com um total de 28,3 milhões de m³ diários de gás natural.

O grande potencial da bacia, no entanto, não foi suficiente para captar novos aportes. Ao passo que as empresas de maior porte seguram seus investimentos, a tendência é de que a 13ª Rodada resulte em uma maior participação de pequenas e médias empresas do setor de óleo e gás. Sem novas apostas em Campos, a Petrobrás vem comprovando a expectativa do mercado, que previa uma maior seletividade por parte da empresa e um realismo frente ao seu atual cenário financeiro.

Além de Campos, a falta de ofertas nas áreas da Bacia do Espírito Santo demonstra a situação da indústria em meio à crise. Segundo Fernández, a expectativa geral era de que a bacia recebesse novos investimentos, mas a tendência de menores aportes até o momento se comprovou como realidade.

Quem também não receberam ofertas foram  os blocos da Bacia do Amazonas. A região tinha sete blocos no leilão, todos no setor SAM-O, com área total de  19.778,81 km². A média dos bônus mínimos estipulados pela ANP para a região era de R$ 505.364,27 por bloco. Dentre os blocos oferecidos estava o M-T-82, que já havia sido ofertado na 10ª rodada, mas, na época, também não despertou o interesse de nenhuma companhia.

As reservas de gás na bacia se tornaram mais atrativas após a interligação elétrica com a chegada de linhas de transmissão, que conectam a região ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A estratégia de instalar uma termelétrica integrada ao sistema de produção do campos, adotada pela PGN no Parnaíba, é prevista pela Petrobras para monetizar os campos de Azulão e Japiim.

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