TRABALHO, PACIÊNCIA E DIVERSIFICAÇÃO FAZEM PARTE DA FÓRMULA PARA SE TER SUCESSO EM 2016, DIZEM EMPRESÁRIOS | Petronotícias




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TRABALHO, PACIÊNCIA E DIVERSIFICAÇÃO FAZEM PARTE DA FÓRMULA PARA SE TER SUCESSO EM 2016, DIZEM EMPRESÁRIOS

rubiao2Para alguns empresários, o ano de 2016 exigirá de todos muito empenho, dedicação e exploração de outros segmentos na economia. Quem estiver calçado só no segmento de petróleo e gás, deve sofrer. Pelo menos até que a Petrobrás encontre um ritmo adequado para levar a empresa a voltar aos níveis de investimentos anteriores.

No Projeto Perspectivas 2016, que o Petronotícias está levando à frente, estamos ouvindo profissionais de diversos segmentos da economia, fazendo uma análise de 2015 e imaginando o horizonte de um novo ano. Na edição desta sexta-feira (18), ouvimos o Presidente da Radix, Luiz Rubião, um empresário inovador, referência no setor de software, que fez de sua empresa uma referência nacional. Ouvimos também um dos melhores advogados brasileiros, de ampla experiência, professor universitário e da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, José Eduardo Junqueira Ferraz, do Escritório Junqueira Ferraz. Procuramos ainda o empresário Robson Lucas, diretor da Bayres, uma das mais importantes empresas do setor de tubulações especiais.

Veja primeiramente as opiniões de Luiz Rubião, da Radix:

– Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano?

?“Acho  que foi um ano bem difícil. Estou no mercado há 30 anos e considero que este foi um dos nossos piores anos do ponto de vista do Brasil, especialmente quando se pensa na reversão de expectativa geral que tivemos. Também temos que considerar o momento global ruim que o setor de produção de óleo e gás está enfrentando, com um preço de barril desafiadoramente baixo.

Por outro lado, temos que  lembrar que estes movimentos de sobe e desce na economia são parte da história. Temos que saber conviver com isto e buscar as outras atividades que até crescem num momento como este. Diversificar o portfólio, a carteira de clientes e até mesmo os mercados cobertos são medidas essenciais num ano como este. A verdade é que, apesar da crise, alguns setores ainda continuam seguindo razoavelmente bem ou até mesmo crescendo.”

– Quais seriam as soluções para os problemas que o país  atravessa?

“Acho que nós precisamos trabalhar cada vez mais. Nós vivemos um período bom por vários anos e acho que não soubemos aproveitar. Tínhamos que ter economizado e investido mais na formação das pessoas e na estruturação das empresas.? Tínhamos que ter dado mais retorno em nossos projetos de investimento. E tínhamos que ter corrido com mais afinco atrás do cumprimento dos prazos de execução. Não fizemos isto e, agora, estamos pagando por isto. Precisamos encontrar uma certa serenidade no âmbito econômico e político. Mas não podemos ficar esperando isto para fazer alguma coisa.”

– Quais as perspectivas para 2016? Pessimistas ou otimistas?

?“Acho que 2016 será um ano difícil também. Não sei se melhor ou pior do que 2015, mas certamente difícil. Temos que estar preparados para ele. Tenho uma preocupação especial com o Rio de Janeiro no momento pós-Jogos Olímpicos. Mas não adianta ficar fazendo previsões demais. Temos que encontrar caminhos, redobrar a atenção com a produtividade da empresa, ficar de olho na sustentabilidade dos negócios e chamar os funcionários para participarem de um esforço conjunto para manter a saúde da empresa e os próprios postos de trabalho.?”
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José Eduardo Junqueira Ferraz,  professor do IBMEC e da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, é um dos maiores e mais importantes advogados do Brasil. Entre os clientes de seu escritório,  estão algumas empresas ligadas ao setor de energia e petróleo&gás. Ele tem uma visão particular sobre o grave momento brasileiro:

– Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano?

“O meio jurídico experimentou profunda alteração no ano de 2015. Em decorrência da crise econômica que assola o país, a pauta jurídica distanciou-se da agenda positiva até então vivenciada, a qual abrangia a feitura de contratos, a constituição de holdings, os planejamentos societários e toda a sorte de outros instrumentos jurídicos típicos do avanço empresarial, para limitar-se à agenda estritamente negativa das infindáveis recuperações judiciais, das demissões em massa e das inadimplências contratuais.”

– Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

“O soerguimento do país demanda um esforço amplo e coletivo, o qual há de abranger toda a sociedade civil, na feitura de um novo pacto social, que venha a romper em definitiva com este nefasto sistema político que tantas malezas produziram em nosso passado recente.”

– Quais as perspectivas para 2016? Pessimistas ou otimistas?

“Otimismo, sempre! Não há como se dar o primeiro passo da longa maratona que nos propomos a percorrer se não estivermos imbuídos do mais alto otimismo já na largada.”

O Petronotícias foi ouvir  também Robson Lucas, da Bayres, uma das mais importantes empresas fornecedoras de tubos para diversos segmentos. Desde papel e celulose, passando pelas indústrias químicas e de petróleo e gás. Veja o pensamento dele:

IMG_4449 – Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano?

“Como é de conhecimento de todos neste mercado, a Petrobrás está atravessando muitas dificuldades, fato que prejudica consideravelmente todo o setor, com uma drástica redução de oportunidades de novos negócios, restando somente manutenção.”

– Quais seriam as soluções para os problemas que o país  atravessa?

“Internamente, é necessário que a questão política tenha uma rápida definição, para que a área econômica e a Petrobrás retomem o rumo de crescimento. Externamente, é preciso que haja uma aumento de atividade econômica mundial, ocasionando aumento do preço do barril de petróleo, que ajudaria sensivelmente o Brasil.”

– Quais as perspectivas para 2016? Pessimistas ou otimistas?

“Infelizmente, pessimistas. Realmente as previsões econômicas e políticas não são boas e a Bayres não enxerga solução no curto prazo, com a taxa de dólar elevada, prejudicando novos investimentos, aliada ainda à baixa perspectiva de novos projetos.”

 

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