ANEEL ADIA PREVISÃO DE INÍCIO DE OPERAÇÃO DE ANGRA 3 PARA JANEIRO DE 2021
Com obras paradas desde setembro e sem soluções a curto prazo, a usina nuclear de Angra 3 teve sua previsão de início de operação adiada mais uma vez. Segundo avaliação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a unidade deve começar a operar comercialmente apenas em janeiro de 2021. Antes previsto para julho de 2020, o início das atividades da usina segue sendo adiado devido ao imbróglio que hoje toma a construção do complexo, em Angra dos Reis. Sem pagamentos por parte da Eletronuclear, que deixou de receber repasses do governo, seis das sete empresas do consórcio Angramon já deixaram o projeto, que hoje conta apenas com a Empresa Brasileira de Engenharia (EBE).
O novo cronograma ainda deverá ser confirmado pela estatal de energia nuclear, que fará reunião nesta segunda-feira (22) para decidir se segue ou não à previsão firmada pela Aneel. Tudo indica que o prazo, originalmente previsto pelo Plano Decenal de Energia (PDE) para janeiro de 2019, será novamente adiado.
O cenário é de poucas perspectivas, e as atenções se voltam para a possibilidade da entrada de capital privado no empreendimento, que está com suas obras paradas desde setembro do último ano, quando a Andrade Gutierrez parou a construção e demitiu milhares de trabalhadores por não receber pagamentos da Eletronuclear. O Petronotícias obteve informação exclusiva de que hoje estão sendo avaliados investimentos estrangeiros para a usina, que poderia receber aportes da chinesa CNNC, da francesa EDF ou da russa Rosatom.
Entre os detalhes que vêm sendo estudados está a forma como a companhia pagará à Andrade Gutierrez o que ela ainda tem por receber, mantendo os pagamentos até a conclusão das obras civis do projeto. A solução avaliada é fechar o financiamento com a empresa estrangeira para garantir o término da construção, permitindo à investidora o direito à venda da energia gerada pela usina durante um determinado período de tempo.
Ou seja, brasileiros trabalhando nessa obra serão poucos e o “know-how” mais uma vez estará em mãos estrangeiras. E dessa forma perpetuamos o ciclo de eterna dependência internacional na área nuclear! País sem vergonha!!!
Pouca vergonha mesmo!!! Também por parte das empreiteiras, que ambiciosamente pagou propinas para se obter vantagens!!! Que a PF investigue e prenda os irresponsáveis.
Meus Caros, é mesmo uma vergonha a que ponto chegou o nosso país. Mas não podemos nos esquecer que atrás de todo corruptor há um corrupto. E há aí uma inversão de papéis. No Brasil, para que uma empresa firme contrato com uma estatal há sempre a figura do funcionário que condiciona a concessão do mesmo mediante o pagamento de um percentual, seja para um Diretor, para um Partido Politico, ou ambos. O país está podre, mas a culpa não é unicamente de empreiteiras. Por que não existe corrupção quando o contrato é entre estas e uma empresa privada?