BRASIL RETOMA A PRODUÇÃO DE URÂNIO EM NOVA MINA NO ESTADO DA BAHIA
O um elo importante do setor nuclear brasileiro deu um novo passo decisivo nesta terça (1º). A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) realizou uma cerimônia para marcar a retomada da produção de urânio no país. A empresa começou a lavra a céu aberto da Mina do Engenho, localizada na Unidade de Concentração de Urânio de Caetité, na Bahia. Quando alcançar sua capacidade plena, o empreendimento poderá produzir 260 toneladas de concentrado de urânio por ano. A cerimônia teve a presença de autoridades locais e representantes da INB, além da participação do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O ministro destacou em seu discurso as iniciativas tomadas pelo governo federal no sentindo de avançar com o Programa Nuclear Brasileiro. Uma delas é a reativação da pesquisa geológica, para ampliar o conhecimento dos recursos minerais radioativos no país. O Brasil hoje só tem 30% do seu território mapeado e, ainda assim, ocupa o novo lugar no ranking de maiores reservas de urânio do mundo. “Vamos recomeçar essas pesquisas e, por questões práticas, justamente por Caetité”, declarou.
Albuquerque ainda falou que existe a expectativa de acelerar a produção brasileira para 2.400 toneladas por ano de urânio a partir de 2030. “Esta retomada é a primeira fase para consolidar a nossa proposta de tornar o Brasil autossuficiente e um exportador de urânio e yellowcake. Devo ressaltar que com a entrada de produção da mina de Santa Quitéria, no Ceará, somada à produção de Caetité, o setor poderá ter um grande transformação, pois serão estimulados novos métodos de produção mais econômicos”, projetou.
As atividades de mineração na Unidade de Concentração de Urânio de Caetité foram paralisadas em 2015, após a exaustão da Mina Cachoeira. A área produziu 3.750 toneladas entre 2000 e 2015. Com o fim da atividade em Cachoeira, decidiu-se por licenciar uma nova área, a Mina do Engenho. A Autorização para lavra da nova mina foi concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em dezembro de 2019. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por sua vez, renovou no mês seguinte a Licença de Operação da Unidade.
O presidente da INB, Carlos Freire, lembrou que além da entrada em operação da Mina do Engenho dos novos projetos em parceria, como a futura mina de Santa Quitéria, a empresa trabalha para alcançar a sua independência financeira do Orçamento da União. Ele ressaltou também os impactos positivos a partir da retomada da produção de urânio no Brasil.
“Hoje, a INB reinicia a produção de urânio em Caetité, gerando expressivos empregos da ordem de 630 diretos e cerca de 1800 indiretos. Com isso, haverá uma injeção de recursos financeiros na economia local de cerca de R$ 76 milhões por ano”, declarou.
Esses empregos diretos, não chamou ninguém do concurso de 2018.
Já devia ter amadurecido na área nuclear.
Pelo menos no conhecimento público.
O enriquecimento até 20% do uranio é necessário ser feito no país. Produção de pastilhas para Angras pode ser controlada, mas para reator do submarino vai dar muita discussão.
Ainda estão na mineração.