A GAZPROM SE PREPARA PARA ENVIAR O PRIMEIRO GÁS PARA A EUROPA VIA O NORD STREAM 2 QUE ACABA DE SER CONCLUÍDO
Depois de tantas idas e vindas, prejuízos severos pela paralisação da obra, a Gazpron, gigante estatal do gás da Rússia, ufa!, anunciou que concluiu a construção do gasoduto Nord Stream 2, que levará o gás natural da Rússia para a Alemanha e Europa. O projeto, que cruza o Mar Báltico, foi bastante controverso porque envolveu os interesses da Ucrânia, por onde o gás russo checava a Alemanha e os Estados Unidos, parceiro comercial e geopolítico da Ucrânia. Os dois países e mais a Polônia, se opuseram fortemente ao novo gasoduto. A Gazprom disse em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram, citando seu CEO Alexei Miller, que a construção do Nord Stream 2 foi “totalmente concluída”.
Propriedade da Gazprom, com investimento de várias empresas europeias, o Nord Stream 2 é construído sob o Mar Báltico e contorna a Polônia e a Ucrânia, levantando objeções de ambos os países. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, descreveu o novo gasoduto como uma arma geopolítica poderosa para a Rússia, que anexou a Península da Crimeia da Ucrânia em 2014, após a derrubada do ex-presidente amigo do Kremlin e jogou seu peso em uma insurgência separatista no leste da Ucrânia. A partir de agora a Ucrânia passará a receber muito menos royalties porque a Rússia vai optar por enviar o gás para Europa pelo gasoduto Nord Stream 2 e não pelo gasoduto que cruza o país.
Washington opôs-se fortemente à construção do Nord Stream 2, mas a administração de Joe Biden optou por não punir a empresa alemã que supervisiona o projeto ao anunciar sanções contra as empresas e navios russos. Em julho, os Estados Unidos e a Alemanha chegaram a um acordo para permitir a conclusão do Nord Stream 2 sem a imposição de sanções americanas às entidades alemãs. Sob os termos do acordo de 21 de julho, os Estados Unidos e a Alemanha se comprometeram a reagir a qualquer tentativa russa de usar o gasoduto Nord Stream 2 como arma política. E concordaram em apoiar a Ucrânia e a Polônia, financiando projetos de energia e desenvolvimento alternativos.
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