ACELEN TRAZ DE UMA SÓ VEZ DOIS MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO IMPORTADO DE ANGOLA PARA SUA REFINARIA EM MATARIPE

Navio VLCC_crédito da imagem_ Divulgação AETA Acelen contratou um navio do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier) para importar de Angola, em uma só viagem, dois milhões de barris de petróleo. A iniciativa também teve a preocupação do compromisso com a responsabilidade socioambiental da empresa, que praticou zero pegada de carbono em todas as etapas de logística marítima da operação: no carregamento do navio; no transporte entre Angola e Brasil; e no transbordo para embarcações menores até o Terminal de Madre de Deus, no recôncavo baiano, para ser processado na Refinaria de Mataripe. Os créditos serão gerados por meio de um projeto de manejo sustentável no Aterro Sanitário de Salvador, de aproveitamento do gás emitido no processo de queima de resíduos sólidos para a geração de energia. Em um comunicado, a empresa diz que “a iniciativa marca mais uma vez o pioneirismo da Acelen, por ser a primeira empresa no Brasil a investir neste projeto específico para neutralização de carbono.”

A contratação do VLCC, maior classe de navios petroleiros em operação utilizada para transporte de longo curso, permitiu à empresa substituir a vinda de dois navios docrfistiano tipo SuezMax, que costuma utilizar na rota Angola-Brasil. O vice-presidente de Comercial, Trading e Shipping da Acelen, Cristiano da Costa, explicou que essa contratação abre novas perspectivas para a Acelen, que tem atuado seguindo o tripé excelência, eficiência e inovação. “Estamos fortemente comprometidos com os aspectos ESG, tema que está no centro das nossas decisões estratégicas”, disse. O navio possui 333 metros de comprimento, 316.000 toneladas de porte bruto e capacidade para transportar dois milhões de barris de petróleo. Para atender à capacidade total de abastecimento de carga, provisões e combustível, o calado atinge 22 metros de profundidade. Esta é a primeira vez que um petroleiro desse porte opera na Bahia. Com a contratação desse superpetroleiro, a estimativa é reduzir em mais de 30% o custo do frete, uma vez que a quantidade transportada afeta o preço por unidade/barril, além de consumir menos combustível, diminuindo a emissão de gases no meio ambiente com apenas uma travessia.

A iniciativa é fruto do trabalho conjunto das áreas comercial, shipping, logística e jurídica, que revisaram aspectos de segurança, legislação e demais questões inerentes à operação de um navio desse porte, além da possibilidade de neutralização do carbono: “A partir desta primeira experiência, vamos trabalhar visando otimizar as importações, utilizando navios com maior capacidade de transporte, com ganhos de escala em logística e redução de impactos ao meio ambiente. No futuro, podemos estudar fazer blending de petróleo dentro do navio, à medida que vamos aprendendo a operar dessa forma”, complementou o executivo. Proveniente da Angola, o navio Daba chegou à costa baiana após percorrer o Oceano Atlântico numa viagem de 10 dias. Em razão do seu porte, o VLCC não pode atracar no porto da Baía de Todos os Santos (BA). A transferência de carga será feita por meio de operações ship to ship, que permite a recepção de grandes cargas de petróleo, a uma distância de 70 milhas náuticas da costa. A operação é feita em águas previamente cadastradas e autorizadas pela Marinha e órgãos ambientais, seguindo todos os protocolos de segurança.

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Parece que seria mais razoável tentar reduzir a emissão de carbono comprando óleo cru produzido produzido no pré-sal, com navegação de cabotagem, em curso muito menor.

Guilherme Ferreira
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Guilherme Ferreira

A alguns meses atrás a Acelen reclamou da precificação do petróleo brasileiro que para eles não era competitivo e obrigava a empresa a importar petróleo.Outra questão importante é o tipo de petróleo o óleo proveniente do pré sal é mais leve e as plantas de refino no Brasil foram projetada para refinar o óleo mais pesado