AMBIPAR FAZ NOVA AQUISIÇÃO DE EMPRESA DE PROJETO FLORESTAL E PASSA A CONTAR COM GISELE BÜNDCHEN COMO EMBAIXADORA DA MARCA

giseleMuitos holofotes voltados para a multinacional brasileira Ambipar. A empresa, que tem feito sucessivas aquisições de outras companhias internacionais e também nacionais, acaba de anunciar a compra do controle da Biofílica, uma pioneira no desenvolvimento de projetos florestais para geração de créditos de carbono. Também hoje (27), a companhia anunciou a sua nova e ilustre acionista – a modelo Gisele Bündchen, que passa a fazer parte do Comitê de Sustentabilidade da Ambipar. Ela será ainda embaixadora da marca da multinacional, promovendo a imagem institucional e de produtos e serviços da empresa, especialmente nas ações relacionadas a ESG. O percentual de ações comprado por Bündchen não foi revelado e a aquisição não alterou o controle acionário do grupo.

Me identifiquei com os valores de inovação e sustentabilidade da companhia e me surpreendi com o potencial de geração de efeitos positivos para a sociedade”, disse Gisele, em comunicado. “Quero ajudar a Ambipar a criar pontes com os mais diversos mercados, incluindo o da moda, que precisa de uma transformação profunda para se tornar mais sustentável”, completou.

Falando sobre a aquisição do controle da Biofílica, o negócio faz com que a Ambipar finque o pé no mercado de compensação de gases de efeito estufa, ampliando sua oferta de serviços no segmento de meio ambiente muito além de tratamento de resíduos. Essa foi a 18ª aquisição da Ambipar desde o seu IPO, em julho do ano passado. De lá para cá, as ações da companhia já subiram quase 75%. Para a Biofílica, fundada em 2008, a compra vai prover acesso a capital e clientes para dar escala ao negócio de projetos florestais e ampliar o leque de serviços ambientais, não só gerando créditos de carbono a partir de outras atividades, como a agrícola, mas entrando em novos segmentos.

aaaO CEO da Biofílica, Reset Plínio Ribeiro,  que se manterá à frente da empresa, disse que “a ideia é continuar com o foco em conservação de florestas na Amazônia, mas transformar a empresa na maior provedora de soluções baseadas na natureza do mundo, uma one stop shop com um conjunto de soluções para os clientes que querem se tornar neutros em carbono.”

A aquisição de 53,6% das ações da Biofílica se dará majoritariamente na forma de aumento de capital, que vai diluir os atuais acionistas, com exceção de Ribeiro, que manteve sua fatia.  Uma parte menor da transação será secundária, mas nenhum dos sócios atuais deixa o negócio. Entre os investidores estão o fundo de impacto MOV, com recursos dos fundadores da Natura, e a Lorinvest, da família Lorentzen (ex-Aracruz) e Zestpar.

fdPara a Ambipar, a aquisição leva uma solução para atender a demanda crescente por offsets, que ainda não estavam no portfólio. Hoje, o braço de meio ambiente da companhia oferece soluções de gestão de resíduos voltadas principalmente para a indústria, desde serviços de logística reversa até valorização de resíduos, transformando o que teria como o destino o lixo em novos produtos e matérias-primas, dentro do conceito de economia circular. A empresa ainda não gera créditos de carbono a partir das suas operações, mas já declarou que pode entrar nesse mercado certificando créditos a partir de projetos de reciclagem e valorização de resíduos,  o que vem sendo encarado pelo mercado como uma opção.

A Biofílica foi precursora no desenvolvimento dos projetos de conservação de florestas na Amazônia chamados de REDD+, ou Redução da Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, e atualmente, tem a maior área do mundo  para certificação de créditos de carbono de origem florestal, com 1,5 milhão de hectares.  A lógica  é gerar créditos de carbono a partir do desmatamento evitado das áreas preservadas e o dinheiro obtido com a venda dos créditos entra justamente para financiar a preservação. Plinio Ribeiro diz que o maior potencial de crescimento da empresa ainda virá desse negócio original. Mas nos últimos anos a Biofílica começou a se preparar para ampliar o leque de atuação para gerar créditos de carbono em outras duas frentes: a de agricultura e a de restauração florestal de áreas degradadas.  Em agricultura, o princípio é induzir práticas melhores para atingir o sequestro de carbono”, explicou Ribeiro. A empresa vem desenvolvendo projetos para cadeias de fornecimento do agronegócio e deve anunciar em breve um contrato grande na pecuária.

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