AMPLIAÇÃO DA MALHA DE DUTOS PODE VIABILIZAR NOVOS PROJETOS NACIONAIS
São enormes as necessidades de ampliação da malha dutoviária brasileira, fundamentais também são os investimentos em logística no país, e a mão de obra qualificada é mais uma das variáveis que precisa receber maior atenção no segmento de dutos. Essa é a visão do secretário executivo do IBP, Milton Costa Filho, que fez palestra na abertura da Rip Pipeline 2013, que vai até quinta-feira (26), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.
O executivo ressaltou ainda o papel fundamental do transporte dutoviário na viabilização comercial de projetos na área de óleo e gás. Não chegou a citar, mas um caso que tem chamado a atenção do mercado recentemente é o da HRT, que descobriu reservas de gás na região amazônica, mas tem tido dificuldades para levar a produção aos destinos finais com custos viáveis.
“Nossa indústria tem grandes desafios e um deles é monetizar novas descobertas. Para isso, a infraestrutura deve ser capaz de escoar a produção, além de distribuir os derivados de petróleo e gás para o consumo da sociedade”, afirmou Costa Filho no evento.
O CEO do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), Paulo Fernando Fleury, também falou na abertura do evento sobre os desafios do setor, alertando para o fato de que a matriz de transporte brasileira hoje é predominantemente rodoviária, responsável pelo escoamento de cerca de 65% da produção nacional por caminhão. “O Brasil é um país que depende exageradamente das rodovias, que deveriam cobrir pequenas distâncias e pequenos volumes”, afirmou.
O executivo destacou também o crescimento da malha de dutos nacional nos últimos anos, quando saltou de 15 mil km, em 2000, para 19,700 km, em 2012, com taxa média de crescimento de 2% ao ano, mas o entendimento geral é de que o caminho a frente ainda é longo.
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