APÓS ESCOLHER A TOYO SETAL PARA CONCLUIR A UPGN DO POLO GASLUB, PETROBRÁS QUER INICIAR OPERAÇÃO DO PROJETO EM 2024

A Petrobrás anunciou durante o final de semana que a Toyo Setal foi a escolhida para concluir as obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Polo Gaslub de Itaboraí. O contrato entre as duas companhias já foi assinado. Para lembrar, a construção do projeto estava paralisada desde junho de 2022, quando o consórcio Kerui-Método teve seu contrato encerrado.

Agora, com uma nova empresa à frente da construção da UPGN, a Petrobrás quer correr contra o tempo para manter o cronograma de início de operação do projeto. A estatal planeja que a planta entre em atividade no ano de 2024, em conformidade com o Plano Estratégico 2023-2027. As demais unidades necessárias para o início dessas operações, como unidades auxiliares localizadas no Polo GasLub, dutos submarino e terrestre, já estão com o escopo concluído, em fase de comissionamento final ou pré-operação.

Para lembrar, as obras da UPGN do Gaslub estavam sendo tocadas pelo consórcio formado pela chinesa Kerui e a brasileira Método. Contudo, em julho do ano passado, a Petrobrás decidiu encerrar o contrato com a Kerui-Método. Antes desse cancelamento, o consórcio já havia demitido 2 mil pessoas que trabalhavam nas obras. O imbróglio na UPGN do Polo Gaslub está relacionado com desentendimento entre o consórcio e a Petrobrás sobre os valores das obras. Inicialmente orçada em cerca de R$ 2 bilhões pelos chineses, a UPGN viu seu valor saltar para mais de R$ 3 bilhões, por conta de variações cambiais, impactos da pandemia e mudanças no projeto.

Quando finalmente entrar em operação, a UPGN do Polo Gaslub será a maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de m³ por dia. O projeto visa ampliar a infraestrutura de escoamento e o processamento de gás do pré-sal da Petrobrás, que passará de 23 milhões para 44 milhões de m³ por dia. Além de gerar energia, o gás seria utilizado em veículos e indústrias.