ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES DO SETOR NUCLEAR ASSINAM DOCUMENTO DE POSICIONAMENTO PARA A COP 21
Com a aproximação da 21ª Conferência do Clima (COP 21), que será realizada a partir da próxima segunda-feira (30) até o dia 11 de dezembro, a Nuclear For Climate, iniciativa formada por diversas associações nucleares e sociedades técnicas de diversos países e regiões, lançou um documento de posicionamento sobre a inclusão da energia nuclear no acordo final da conferência.
As mais de 140 assinantes do texto afirmam que a ampliação na utilização de energia nuclear é necessária para que as metas definidas sejam alcançadas. A Organização das Nações Unidas (ONU) deseja que a emissão de gases do efeito estufa caia em pelo menos 80% até o ano de 2050.
Quatro entidades representam o Brasil no documento: Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Women in Nuclear Brazil e Brazil Young Generation Network.
Batizado “Nuclear is part of the solution for fighting climate change” (Nuclear é parte da solução para o combate à mudança climática, em livre tradução), o principal objetivo da carta é fazer com que seja incluído, no documento final alcançado durante a conferência, o aumento da fonte nuclear como opção no combate ao aquecimento global.
“Nós acreditamos fortemente que o mundo deve usar suas fontes energéticas de baixo carbono disponíveis, incluindo a energia nuclear, se é para atenuar os efeitos das alterações climáticas e reduzir emissões de gases do efeito estufa, enquanto as metas do encontro não permitem o crescimento económico,” disse a diretora-geral da Sociedade Francesa de Energia Nuclear (SFEN), Valérie Faudon (foto).
O presidente da Sociedade Nuclear Americana (ANS, na sigla em inglês), Eugene Grecheck, também comentou o pedido da Nuclear For Climate. “A energia Nuclear é uma tecnologia comprovada de baixo carbono que faz uma contribuição profunda para evitar a emissão de gases do efeito estufa hoje, e será vital para se encontrar qualquer acordo em Paris”, declarou.
O Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) energias renováveis, energia nuclear e fósseis combustíveis com captura e armazenamento. De acordo com o painel, há uma quantidade limitada de emissões cumulativas que não pode ser excedida se quisermos limitar o aquecimento global médio de 2° C. O IPCC estima que já chegamos a quase dois terços desse montante e que reduções de gases de efeito estufa significativas são necessárias imediatamente.
No mundo, 438 reatores nucleares estão em atividade, representando 11% da geração elétrica global, e emitindo níveis muito baixos de gases do efeito estufa. Na Europa, por exemplo, toda a geração livre de carbono é realizada através de reatores nucleares, enquanto nos EUA esse número representa 63% da geração.
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