BALANÇA COMERCIAL DOS PRODUTOS QUÍMICOS CONTINUA A DAR GRANDE PREJUÍZO PARA O BRASIL

swwswsAs importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 19,6 bilhões, redução de 4,1% em relação ao igual período de 2019. Em uma avaliação mensal, apesar da instabilidade econômica no primeiro bimestre e da pandemia da Covid-19, o valor importado foi superior a US$ 3 bilhões em todos os meses do primeiro semestre.  As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, somaram no período US$ 5,6 bilhões, uma redução de 11,7% em relação aos mesmos meses do ano anterior, sendo que a redução da alíquota do Reintegra, em junho de 2018, dos anteriores 2% para apenas 0,1%, continua causando grande impacto no desempenho exportador do setor. Desde então, o patamar mensal de exportações se estagnou em US$ 1 bilhão; enquanto, anteriormente à medida, oscilava entre US$ 1,2 e US$ 1,4 bilhão mensais.

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 14 bilhões no primeiro semestre deste ano, um modesto recuo de 0,7% comparado com o mesmo período de 2019. Nos últimos 12 meses (jul/19 a jun/20), mesmo com os graves desafios do enfrentamento da pandemia da Covid-19, esse indicador totalizou US$ 31,6 bilhões, montante somente inferior aos US$ 32 bilhões de 2013.

Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, é imperativo que as agendas de competitividade, com foco no curto prazo, e estruturantes, de médio e longo prazos, imediatamente ganhem velocidade para que o Brasil consiga superar os desafios impostos pela pandemia e viabilizar eficientemente a retomada segura da atividade econômica:  “As políticas comerciais terão um papel central nesse momento em que várias economias, especialmente asiáticas, já apontam indicadores robustos de aceleração, com elevada disponibilidade de excedentes exportáveis. O sucesso do processo de retomada econômica nacional dependerá particularmente de uma abordagem técnica, pragmática, coesa e isenta em defesa comercial, disciplina com papel estratégico no sistema de garantias da segurança jurídica contra práticas desleais de comércio, às quais o País estará ainda mais exposto nessa ‘nova ordem global’ comercial, que já começa a ganhar contornos de como será o mundo pós-pandemia

 

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