BG SOFRE COM ALTA DO DÓLAR E REGISTRA PREJUÍZO DE US$ 101 MILHÕES NO TERCEIRO TRIMESTRE
As flutuações do câmbio do dólar no Brasil e na Austrália têm se firmado como um novo peso sobre empresas atuantes no setor de óleo e gás. Afetada pela oscilação da moeda sobre suas contas nos dois países, a britânica BG anunciou um prejuízo líquido de US$ 101 milhões no terceiro trimestre. No total, o valor de impacto gerado com o câmbio chega a US$ 334 milhões na empresa, que registrou um grande queda frente aos lucros do último ano. A receita da companhia caiu 9,5% na comparação com o mesmo período de 2014, quando a petroleira somou US$ 759 milhões de lucro líquido. Em meio à recessão, o lucro foi de apenas US$ 280 milhões este ano.
Os desafios do mercado não têm se limitado ao baixo preço do barril de petróleo, com a alta do dólar pesando hoje sobre as finanças de companhias atuantes na indústria brasileira. O impacto sobre as contas da BG resultaram em uma queda de 63% no lucro líquido da empresa em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
A receita total da BG caiu de US$ 4,58 bilhões para US$ 4,15 bilhões na comparação com 2014. Os menores ganhos, no entanto, não refletem a produção crescente que vem sendo registrada pela petroleira. No terceiro trimestre deste ano, a britânica ampliou em 26% sua produção após quase dobrar seus resultados no Brasil e quase triplicar os volumes registrados na Austrália.
A projeção produtiva da empresa para 2015 era, inicialmente, de 650 mil barris a 680 mil barris de óleo equivalente por dia. Com o acréscimo registrado recentemente, no entanto, a empresa elevou sua estimativa para um volume entre 680 mil e 700 mil barris de petróleo equivalente por dia.
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