BRA CERTIFICADORA ESTÁ COM BOAS EXPECTATIVAS PARA EMISSÃO DE NOVOS ATESTADOS DE DUTOS DE ÓLEO E GÁS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

O ano de 2023 começou com uma boa movimentação no setor de óleo e gás do Brasil, com vários novos contratos sendo anunciados pelas principais empresas do segmento no país. Surfando nessa onda positiva, a BRA Certificadora é uma das companhias que acredita em um ano com um bom volume de negócios. Especializada na atuação em nichos específicos da indústria petrolífera, a BRA tem ampliado sua atividade na emissão dos chamados atestados de comissionamento e descomissionamento de empreendimentos de óleo e gás. “Esse é um mercado que estará em crescimento neste ano por várias razões. A primeira delas é a entrada de novas operadoras no segmento, que adquiriram trechos de dutos que anteriormente eram da Petrobrás”, explicou o sócio e gerente técnico da BRA Certificadora, Elmar Mourão. “Essas novas operadoras vão, certamente, injetar investimentos maiores. Assim, esse movimento vai aquecer o setor”, acrescentou. Os atestados são exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para a liberação de autorizações de construção e operação de ativos, tais como dutos e terminais. Durante a entrevista, Mourão reforçou a necessidade de concentrar esforços e reunir as informações necessárias para a produção desse documento desde o primeiro dia de obra, evitando assim atrasos nos empreendimentos. Além disso, ele destacou também o histórico positivo da BRA Certificadora na emissão de atestados do tipo. “Para nós, é nítido que a BRA se consolida cada vez mais nesse segmento. Até por conta do nosso histórico de emissão de atestados, marcado pela ausência ou quase ausência de necessidade de complementação na nossa documentação”, declarou.

Para começar nossa entrevista, poderia falar como está a expectativa da BRA Certificadora em relação ao segmento de emissão de atestados de comissionamento e descomissionamento?

Esse é um mercado que estará em crescimento neste ano por várias razões. A primeira delas é a entrada de novas operadoras no segmento, que adquiriram trechos de dutos que anteriormente eram da Petrobrás. Geralmente, as empresas privadas são mais ágeis em virtude da ausência de características inerentes às estatais. Então, por conta disso, veremos um crescimento de demanda nas execuções desse tipo de serviço, tanto em midstream como em downstream. Embora o mundo esteja sentindo os efeitos da guerra na Ucrânia e da pandemia, a perspectiva é de crescimento.

A demanda desse tipo de serviço irá aumentar. Um reflexo disso já se mostra atualmente, levando em conta os pedidos de cotação, as execuções e o planejamento futuro de potenciais clientes que estamos observando.

Como tem sido o histórico de atuação da BRA nesse nicho de atestados de comissionamento e descomissionamento?

Quando a parte técnica de um empreendimento tem uma execução mais complexa, ela precisará ser suportada, necessariamente, por um atendimento mais técnico. Cada vez mais existe uma exigência técnica por parte da ANP e do mercado em si. Isso aos poucos vai mexendo com o mercado, de maneira que começam a surgir comparações entre a forma que as empresas certificadoras lidam com esse tipo de complexidade. Quanto mais complexo tecnicamente for um empreendimento, maior será a exigência de conhecimento técnico. Para nós, é nítido que a BRA se consolida cada vez mais nesse segmento. Até por conta do nosso histórico de emissão de atestados, marcado pela ausência ou quase ausência de necessidade de complementação na nossa documentação.

Ao seu ver, qual a importância das empresas começarem a reunir as informações necessárias para os atestados desde o primeiro dia da obra?

Quem é especialista em comissionamento e em certificação sabe que, na verdade, essas informações precisam ser reunidas desde o primeiro dia da obra. Acontece que, muitas vezes, as empresas que estão executando uma determinada obra de um duto não sabem, por exemplo, quais são os documentos e informações precisam ser separadas e disponibilizadas. Um dos diferenciais da BRA é que criamos uma lista de verificação que ajuda os nossos clientes nesse sentido.

Um atestado de comissionamento e descomissionamento, normalmente, possui pelo menos duas disciplinas: mecânica e instrumentação elétrica. Em alguns casos, a parte civil também entra nos atestados. A definição sobre essas disciplinas só acontece quando recebemos a documentação preliminar técnica. A BRA prepara uma lista e entrega ao cliente, detalhando quais documentos serão necessários para cada uma dessas disciplinas. Dessa forma, ajudamos os nossos clientes desde o primeiro dia da obra, ressaltando quais são os documentos necessários.

Se uma empresa reúne essas documentações apenas no final da obra, é grande a chance de ocorrerem problemas. Até porque, nessa altura da execução do projeto, a parte de controle de qualidade e documentação já foi desmobilizada.

O fato de a BRA ser uma certificadora que atua com bastante expertise em nichos de serviços específicos também ajuda nesse tipo de operação de emissão de atestados?

Exatamente. A BRA atua de modo a sempre ofertar um diferencial aos seus clientes, agregando valor. Para nós, é muito importante que nossos clientes percebam que o nosso atestado, uma vez gerado, é completo e não cai em exigências após ser submetido à ANP. Ainda assim, só isso não basta. O que eu costumo falar é que não vendemos um atestado. O que a BRA oferece, na verdade, é um atendimento diferenciado. O nosso produto final é o atestado, mas o que vendemos, de fato, é o atendimento. É esse tipo de atendimento que nos faz, cada vez mais, ter mais clientes e serviços bem executados e bem avaliados.

Por fim, como estão as expectativas da empresa com o mercado de óleo & gás neste ano de 2023?

Estou bastante otimista. A venda de vários ativos da Petrobrás para algumas novas operadoras que estão no mercado vai aquecer o setor. Para uma empresa do tamanho da Petrobrás, pode não ser vantajoso manter um grupo técnico altamente capacitado em um determinado bloco cuja produção está em um certo declínio. Por outro lado, uma determinada empresa que comprar esse mesmo ativo irá concentrar todos os esforços para maximizar a rentabilidade daquele projeto. Essas novas operadoras vão, certamente, injetar investimentos maiores. Assim, esse movimento vai aquecer o setor.

Vejo esse movimento de uma forma muito positiva. A ANP enxergou tudo isso lá atrás e fez movimentos importantes, como a criação da Oferta Permanente e a flexibilização de certas regras. Isso vai aquecer o mercado. Já percebemos isso no dia a dia em atendimentos, certificações e contratos. Por isso, estou bastante otimista com o setor no ano de 2023.