CÂMARA MEXICANA RATIFICA QUEBRA DE MONOPÓLIO DO PETRÓLEO

O Congresso Mexicano acaba de aprovar a lei, proposta pelo presidente Enrique Peña Nieto (foto), que admite a entrada de novos investidores no mercado de petróleo nacional. A medida, aprovada ontem pela Câmara dos Deputados apenas um dia após o aval do Senado, ainda precisa passar pela votação das assembleias estaduais, mas já marca um novo concorrente para o setor petrolífero brasileiro.

As reservas mexicanas são maiores que as do Brasil, mesmo contando com o pré-sal, e a proximidade com os Estados Unidos é muito maior. O país, cuja produção é até hoje dominada pela estatal Pemex, tem grandes potenciais, mas vinha mantendo o número de barris diários extraídos estagnado nos últimos anos, em cerca de 2,5 milhões.

O México tem atraído grande volume de capitais estrangeiros para atividades importantes, como os setores automobilístico e petroquímico. Embora as reformas no final do século XX tenham eliminado monopólios estatais pouco eficientes, o do petróleo vinha permanecendo intocado. O recurso foi “nacionalizado” em 1938 pelo presidente Lázaro Cárdenas, mas permanecia como velho símbolo da revolução mexicana.