CANCELAMENTO DE CONTRATO DO ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL COM SETE BRASIL DEVE GERAR 1,3 MIL DEMISSÕES

O fim do contrato entre o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e a Sete Brasil pela construção de sete navios-sonda pode gerar até 1.300 demissões. Sob a insegurança do fim do contrato, resta aos trabalhadores esperar por uma transferência para as obras de uma encomenda de 22 navios petroleiros feita pela Transpetro. Ainda assim, o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Pernambuco, Henrique Gomes, afirmou ser impossível que toda a mão de obra ocupada com as obras da Sete Brasil se mantenha empregada. Segundo ele, as encomendas envolvendo os navios-sonda eram muito mais rentáveis e exigiam profissionais qualificados, fazendo com que as demissões para a construção dos navios petroleiros sejam “inevitáveis”.

A Sete Brasil tem reunião agendada com líderes sindicais do setor naval e metalúrgico de diversas regiões, que estão organizando uma manifestação nacional para o próximo dia quatro, a fim de exigir empregos mais estáveis e seguros para o setor. O Estaleiro Atlântico Sul enviou no começo da semana uma carta de intenção de cancelamento do acordo por sete navios-sonda para a Sete Brasil por conta de atrasos em pagamento pela empresa criada pelo governo, que passa por complicado momento financeiro.