CGU ESTÁ PRÓXIMA DE FECHAR ACORDOS DE LENIÊNCIA COM UTC E SBM OFFSHORE

waldir simãoO momento é de renovação para algumas das empresas acusadas de envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobrás. Após longo processo de negociações, a Controladoria-Geral da União (CGU) deve fechar até o próximo mês acordos de leniência com a UTC e a SBM Offshore, duas das principais companhias investigadas por práticas de pagamento de propina e fraudes contratuais junto à estatal. Os acordos serão os primeiros a serem firmados desde a deflagração da Operação Lava-Jato.

As expectativas para o novo ano são boas na CGU, que também já deu início às negociações com o Grupo Schahin e espera avançar na esfera judicial do processo. Caso fechem tratado de leniência, as empresas terão o compromisso de colaborar com as investigações e restituir o prejuízo que causaram aos cofres públicos. Em troca, poderão participar de novas licitações do governo.

O valor dos ressarcimentos ainda não foi definido, mas estima-se que a holandesa SBM deverá pagar cerca de R$ 1 bilhão à Petrobrás. As tratativas com a CGU, liderada pelo ministro Valdir Simão (foto), indicam que a empresa pagaria 65% da indenização em espécie, ao passo que os outros 35% seriam convertidos em serviços à estatal.

Assim como a SBM, a UTC vem buscando virar a página das investigações e reestruturar suas operações. Nesta semana, a empreiteira conseguiu renegociar e ampliar por mais três anos o pagamento de sua dívida de R$ 1,2 bilhão com bancos. Além da extensão do vencimento do débito, a construtora obteve a garantia de juros menores em empréstimos a curto prazo.

A realização dos acordos de leniência é vista com bons olhos pelas companhias, já que abriria caminho para a retomada de negócios junto ao poder público. A reaproximação por meio do compromisso legal deverá ser seguida por outras empresas envolvidas nas investigações da Lava-Jato, que há meses vêm negociando tratados com a Controladoria.

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