COM NOVA PASSEATA, GREVE DOS PORTUÁRIOS EM SANTOS COMPLETA UMA SEMANA

Após iniciarem uma greve no último dia 29 de maio, trabalhadores do Porto de Santos realizaram um passeata pela manhã para impedir a implantação do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho. Os trabalhadores partiram da sede do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) por volta de 8h30 em direção à Prefeitura de Santos.

A greve foi motivada pelos problemas que vinham sendo gerados pela escalação eletrônica, adotada para definir os trabalhadores de cada turno. Portuários alegam que este tipo de escalação, montada para atender a uma imposição do Ministério Público do Trabalho (MPT), não atende às determinações do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), dificultando a dobra na jornada de trabalho dos portuários.

Na próxima terça-feira, às 14 horas, está marcada a audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para a tentativa de conciliação entre o MPT e os Sindicatos envolvidos, com representantes de todos os trabalhadores portuários. O objetivo da tentativa de conciliação é retomar assim que possível as operações no Porto de Santos, um dos principais pontos de escoamento de produtos brasileiros para o exterior.

O movimento grevista foi agitado desde o início, com passeatas e protestos, mas ganhou contornos mais graves no último fim de semana. Na sexta-feira, representantes da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), que inclui entre seus membros o MPT, abriu inquérito na Polícia Federal, registrando ameaças de trabalhadores portuários a membros da entidade. No sábado, houve uma passeata no Porto de Santos, que culminou na construção de uma barricada para interromper o tráfego do porto.

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