CONSUMO DE ENERGIA ENCERRA O SEMESTRE COM UMA PEQUENA ALTA DE 0,62% NO PAÍS
Após um início de ano com ligeira instabilidade, o consumo de energia encerra o primeiro semestre de 2021 com ligeira alta de 0,62% em junho, em comparação a maio, e após três meses de queda consecutiva. É o que aponta o Índice Comerc, que desde 2015 avalia o consumo de energia pelos principais setores da economia. Em junho, destaca-se o desempenho do setor de Materiais de Construção, com alta de 8,50% no consumo de energia – após iniciar o ano com alta de 6,13%, mas apresentar quedas consecutivas de fevereiro a maio (1,07%; 0,24%; 0,16%; 6,89% – respectivamente). A alta está em linha com as previsões positivas para o ano: segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizado para a Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (Abramat), 2021 será o melhor da década para o setor em termos de faturamento deflacionado. A estimativa de crescimento é de 8% para o ano, ultrapassando os R$ 200 bilhões. O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo de mais 3.000 unidades de sua carteira, pertencentes aproximadamente 1.500 empresas que compram energia elétrica no mercado livre.
Outro setor que encerra junho no azul é o de Têxtil, Couro e Vestuário, com alta de 4,89% no consumo após meses de queda. Na contramão, o setor de Manufaturados foi o que apresentou a queda mais expressiva no último mês do semestre: 3,11% (ainda assim, dentro da margem histórica). Para Marcelo Ávila, Vice-Presidente do Grupo Comerc, a alta no consumo de energia – ainda que dentro da estabilidade – pode ser encarada de forma positiva, em especial após os impactos que as medidas restritivas tiveram no consumo de energia ao longo de 2020: “Na comparação com o mesmo período do ano passado, o consumo de energia em junho de 2021 apresentou alta consolidada de 15,82%. Trata-se de um aumento relevante e que, seguindo as previsões de mercado, indicam uma possível recuperação da produção industrial no segundo semestre”. Ávila acrescenta que, além da flexibilização das medidas restritivas, o baixo nível dos reservatórios e o aumento das tarifas de energia – questões que vêm se intensificando nas últimas semanas – poderão ter impacto direto no consumo de energia tanto no ambiente regulado quanto no ambiente livre: “O mercado tem se adaptado de forma muito ágil para equilibrar oferta e demanda. A expectativa é que se tenha um segundo semestre movimentado, puxado pela retomada da produção industrial.”
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