CORTES EM INVESTIMENTOS DA STATOIL NÃO AFETARÃO O BRASIL

Päl EitrheimA decisão de cortar em 10% os, inicialmente anunciados, US$ 20 bilhões em investimentos globais, não deve afetar o Brasil. Os investimentos para a segunda fase do desenvolvimento no campo de Peregrino, na Bacia de Campos, visando alongar a vida útil do ativo, estão mantidos.

O objetivo da estatal norueguesa é diminuir custos para não afetar suas margens diante da redução dos preços do petróleo, afirmou, em entrevista ao Valor, o novo presidente da Statoil Brasil, Päl Eitrheim (foto).  O executivo declarou que o país é estratégico para a empresa, e que ainda é difícil dimensionar as consequências das investigações que colocaram a Petrobrás no centro de um escândalo de corrupção.

Os cortes anunciados não influenciariam uma possível participação da Statoil em um futuro leilão de concessões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), caso algum seja marcado ainda para este ano.

Antes mesmo da queda no valor do barril de petróleo, a estatal norueguesa já estava desenvolvendo um programa de redução de custos. A queda do preço da commodity apenas provoca uma redução das margens, o que exigirá mais eficiência em atividades como a perfuração e produção de petróleo.

O novo plano de desenvolvimento de Peregrino conta com a perfuração de 21 novos poços, sendo 15 produtores de óleo e seis injetores de água. A Statoil conta com 60% da concessão, tendo a chinesa Sinochem como sócia detentora dos outros 40%. Com a nova fase de produção, a expectativa é adicionar cerca de 250 milhões de barris recuperáveis às reservas.

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