CRESCEU O DESEMPREGO NO SETOR DE ÓLEO E GÁS ENQUANTO RENDA DE TRABALHADORES RECUOU, DIZ FUP

750_deyvid-bacelar_2021919185530695O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), reuniu dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e identificou que o desemprego cresceu no setor de óleo e gás brasileiro ao longo de 2021. Além disso, os números revelam ainda que a renda dos trabalhadores do segmento também sofreu um recuo durante o período.

De acordo com a entidade sindical, levando em conta a média anual dos trimestres de 2021 (até o terceiro trimestre, último dado disponível), o estoque de trabalhadores no setor de óleo e gás no país caiu 2,4% – saindo de 159.086 postos de trabalho, em 2020, para 155.227 em 2021. Quanto à renda, ainda segundo dados da PNAD reunidos pela FUP, os trabalhadores tiveram declínio médio nos seus rendimentos de aproximadamente 9,5%.

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Os dados da PNAD foram analisados pelo pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rafael Rodrigues da Costa, juntamente com os economistas do Centro de Economia Política do Petróleo (Cepetro) Pedro Gilberto Cavalcante Filho e Claudiane de Jesus. Para a FUP, esses resultados contradizem as promessas e expectativas de que a venda de ativos da Petrobrás geraria emprego, renda e mais competitividade no setor.

Na Bahia, por exemplo, que concentra 31% de todos os desinvestimentos da Petrobrás desde 2015, a FUP diz que a média anual de 2021 registra uma retração de postos de trabalho de trabalhador28,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se de uma perda média equivalentente a 7.000 empregos (de 25.788, em 2020, para 18.328, em 2021). A queda nos salários do setor de óleo e gás na capital baiana chegou a 22,9%, deixando um patamar de renda média próximo a R$ 7.180,00, em 2020, para algo em torno de R$ 5.140,00, em 2021.

Queda do emprego e do salário e aumento nos preços dos produtos ao consumidor são efeitos nefastos de um mesmo fenômeno, que é a criação dos monopólios privados regionais, resultantes da venda equivocada e ativos da Petrobrás”, destaca o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar (foto principal), também diretor do Sindipetro-BA.

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