CRÍTICAS SEVERAS CONTRA PRIVATIZAÇÕES DAS REFINARIAS FAZ MINAS E ENERGIA VIR EM APOIO À PETROBRÁS

mme_bolsonaro-060120pzzb89365274A saraivada de críticas contra a Petrobrás privatizar aos poucos a companhia e a anunciar a venda de algumas de suas refinarias, mobilizou o Ministério de Minas e Energia, que veio em socorro ao Presidente Roberto Castello Branco, que está sendo alvo de parlamentares, petroleiros insatisfeitos e até da Associação de Engenheiros da Petrobrás. O Ministério diz que a decisão da Petrobrás de vender parte de seus ativos de refino de petróleo está alinhada às suas diretrizes e objetivos estratégicos e, “ao mesmo tempo, coaduna com o objetivo da Política Energética Nacional de promover a livre concorrência no setor, bem como preservar os interesses do consumidor.

Em setembro de 2016, a Petrobrás anunciou, em seu Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, o seu reposicionamento frente ao mercado em que passou a mirar sswwssna maximização do valor da Empresa por meio de uma gestão ativa do seu portfólio, com investimentos concentrados no setor de exploração e produção de petróleo. Além disso, a Empresa passou a adotar estratégias para a promoção de política de preços de mercado e de maximização de margens da cadeia de valor, bem como reduzir o risco na atuação em exploração e produção, refino, transporte, logística, distribuição e comercialização, por meio de parcerias e desinvestimentos.

Em sua nota, o MME diz que “Num primeiro momento, esses direcionamentos tornaram a atividade de importação, que era exercida quase que integralmente pela Petrobrás, mais atrativa e viabilizou a operação de outros agentes econômicos, bem como a realização de investimentos no setor, resultando em um ambiente de negócios concorrencial. Em 2019, a participação de outros agentes na importação de óleo diesel e gasolina foi, respectivamente, 68% e 65%, resultando em mais competitividade no setor e benefícios para a sociedade.

eeededdEm abril de 2019, avançando em sua estratégia, a Empresa incluiu em seus projetos de desinvestimentos oito refinarias, totalizando 1,1 milhão de capacidade diária de processamento de petróleo, o equivalente a cerca de 50% do parque de refino brasileiro. As refinarias REGAP, RLAM, RNEST, LUBNOR, REMAN, REFAP, REPAR e SIX deverão ser alienadas até 2021, de acordo com o Termo de Compromisso de Cessação de Prática celebrado, em junho de 2019, entre a Petrobrás e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O Órgão de defesa da concorrência entendeu haver elevada concentração no segmento de refino, recomendando que a venda de ativos de refino ocorra por completo, sem participação ativa ou passiva da Empresa no quadro societário do alienante; e, que se promova a concorrência regional.

O ministério informa que “Em linha com as diretrizes do CADE, materializadas na Nota Técnica Nº 37/2018/DEE/CADE, de dezembro de 2018, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) tomou uma decisão histórica no sentido de promover a concorrência na atividade de refino de petróleo no País ao aprovar sua Resolução nº 9, de 9 de maio de 2019, com o objetivo de estimular a entrada de Roberto-Castello-Branco-Petrobras-868x644novos atores e atrair investimentos para o setor.” Como resultado desse processo, a Petrobrás e o Ministério  acreditam que há uma expectativa de maior concorrência no fornecimento primário de combustíveis, garantindo que o mercado continuará será capaz de atender o consumidor brasileiro, com melhores condições de oferta, preço e qualidade de produtos.

No comunicado o ministério diz que “Cabe destacar que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu favoravelmente pela alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista nos seguintes termos: (i) a alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação; e (ii) a exigência de autorização legislativa, todavia, não se aplica à alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. Nesse caso, a operação pode ser realizada sem a necessidade de licitação, desde que siga procedimentos que observem os princípios da administração pública, inscritos no art. 37 da Constituição, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade.

Dessa forma, os Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia (ME) reforçam a necessidade de se fazer cumprir a decisão prévia do STF e apoiam o processo de transição do segmento de refino para um quadro de maior pluralidade de agentes, mais aberto e dinâmico. Os Ministérios têm trabalhado para preparar o setor para essa transformação, em conjunto com outros órgãos e com ampla participação do setor, de entidades representativas e demais interessados, por meio da iniciativa Abastece Brasil, com base na governança, na estabilidade, com segurança jurídica e regulatória, e na previsibilidade, condições fundamentais para a realização de investimentos no setor.

2
Deixe seu comentário

avatar
2 Comment threads
0 Thread replies
0 Followers
 
Most reacted comment
Hottest comment thread
2 Comment authors
luiz Antonio SchneiderLuciano Seixas Chagas Recent comment authors
  Subscribe  
newest oldest most voted
Notify of
Luciano Seixas Chagas
Visitante
Luciano Seixas Chagas

Papo absolutamente furado. São uns entreguistas. Falo do presidente de fato do Brasil, o senhor Paulo Guedes representante auto-declarado e escravo do capitalismo especulativo de países alhures a ponto de falar do seu verdadeiro amor pátrio para todos, junto com o seu presidente de araque, e também vassalo dos mesmos, um verdadeiro escudeiro eleito presidente o senhor Jair Bolsonaro, que exibe na lapela e no bolso a bandeira da sua verdadeira pátria, bastante distinta na nossa “auriverde” poetizada pelo brilhante Castro Alves, além do representante do capital especulativo, senhor Castello Branco, de assertivas mentirosas e com o apoio explícito do… Read more »

luiz Antonio Schneider
Visitante
luiz Antonio Schneider

Não da para entender porque a Petrobrás privatiza a REPAR, e mantem a REDUQ uma refinaria velha . Que sempre esta pegando fogo. E a pressão dos sindicatos cariocas ou o coopeartivismo carioca.