DIANTE DE PROBLEMAS COM A KERUI-MÉTODO, PETROBRÁS REAVALIA DATA DE INÍCIO DE OPERAÇÃO DO PROJETO ROTA 3

O cronograma foi por água abaixo. Diante dos recentes problemas nas obras da Unidade de Processamento de Gás (UPGN) do Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ), a Petrobrás agora fala em reavaliar a data de início do Projeto Integrado Rota 3. Para lembrar, o consórcio Kerui-Método, responsável pela construção da UPGN, demitiu 2 mil pessoas que trabalhavam nas obras. Com isso, os trabalhos no canteiro estão paralisados, sendo realizadas apenas atividades de preservação dos equipamentos e das instalações.

O Projeto Integrado Rota 3 abrange o gasoduto Rota 3 e a UPGN do Polo Gaslub, além de outras estruturas necessárias para sua operação. A vazão de escoamento do gasoduto será de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia. Já a UPGN poderá processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural provenientes do polo pré-sal da Bacia de Santos.

Inicialmente, a ideia da Petrobrás era iniciar a operação do Projeto Integrado Rota 3 ainda no segundo semestre deste ano. Agora, diante do impasse envolvendo a Kerui-Método, uma nova data está sendo analisada pela petroleira. “A Petrobrás empenhou todos os esforços para evitar a paralisação e está avaliando ações para minimizar os impactos à conclusão das obras. A nova data estimada para entrada em operação do ativo será divulgada após conclusão das avaliações pertinentes”, disse a companhia em um comunicado ao mercado.

A Petrobrás disse ainda que está em dia com todos os seus compromissos com a Kerui-Método. O imbróglio na UPGN do Polo Gaslub Itaboraí está relacionado com desentendimento entre o consórcio e a Petrobrás sobre os valores das obras. Inicialmente orçada em cerca de R$ 2 bilhões, a UPGN viu seu valor saltar para mais de R$ 3 bilhões, por conta de variações cambiais, impactos da pandemia e mudanças no projeto.