DUQUE É CONDENADO A MAIS DE 20 ANOS DE PRISÃO EM APENAS UM PROCESSO

O juiz federal Sergio Moro continua mostrando a firmeza de suas sentenças em relação à Operação Lava Jato. O ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque foi condenado, nesta segunda-feira (21), a mais de 20 anos de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais oito pessoas também foram condenados pela justiça. Vaccari teve a pena estipulada em 15 anos e quatro meses de prisão. Os dois atualmente estão presos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, no Paraná.

Além dos dois citados, a sentença também condenou o doleiro Alberto Youssef, o dono da Setal, Augusto Mendonça, o ex-gerente da Petrobrás e braço direito de Duque, Pedro Barusco, e os operadores Julio Camargo e Mário Góes, além de Adir Assad, Dario Teixeira Alves Júnior e Sônia Mariza Branco.

Na sentença, Moro afirma que a diretoria de serviços sob o comando de Duque recebeu mais de 36 milhões de reais, 956 mil dólares e 765 mil euros de propinas relacionadas a contratos com quatro consórcios: Consórcio Interpar, Consórcio CMMS, Consórcio Gasam e contrato do Gasoduto Pilar-­Ipojuca.

“Um único crime de corrupção envolveu pagamento de mais de vinte milhões em propinas. Mesmo considerando que Renato de Souza Duque recebia uma parcela desses valores, o montante ainda é muito elevado”, afirma Moro no texto, pouco antes de falar sobre o crime de lavagem de dinheiro, que foi cometido pelo menos 27 vezes pelo ex-diretor da Petrobrás, segundo a sentença.

As condenações de Duque somaram um total de 20 anos e oito meses de reclusão, incluindo a obrigação de pagamento de uma multa de mais de R$ 1,25 milhão.

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