EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO AUMENTARÃO ORÇAMENTO PARA CIBERSEGURANÇA EM 2021

1549301237074

Ronaldo Valiño

A digitalização já estava na pauta das empresas do setor elétrico quando a pandemia de Covid-19 surgiu. As medidas de distanciamento adotadas para frear o contágio pelo coronavírus aceleraram ainda mais a digitalização de vários processos dentro das empresas desse segmento. Contudo, um novo estudo da PwC Brasil indica que os investimentos em inteligência artificial, robótica, machine learning e outras tecnologias precisam ser acompanhados por um plano de segurança cibernética ágil e estruturado. A consultoria também indicou que quase 60% das empresas do setor em todo o mundo devem aumentar o orçamento de cibersegurança em 2021.

De acordo com o novo relatório “A evolução do setor elétrico diante das ameaças cibernéticas nos ambientes de missão crítica”, desde o início da pandemia, as concessionárias do setor elétrico brasileiro aderiram ao trabalho remoto para a equipe de atendimento ao cliente e aperfeiçoaram serviços por meio de novos canais digitais. As companhias também aumentaram suas capacitações de análise de dados e direcionaram esforços na geração de ganhos com a melhoria dos índices de qualidade, redução de custos e otimização da cadeia de suprimentos.

linhaA quarta revolução industrial, que a sociedade vive agora, evidencia o intenso uso de dados por meio de tecnologias como inteligência artificial (IA), robótica, machine learning e Internet das Coisas (IoT), entre outras, que alavancam a utilização de big data e promovem a migração das atividades presenciais para o mundo digital“, afirmou o sócio e líder da Indústria de Energia da PwC Brasil, Ronaldo Valiño (foto). O especialista, porém, ressaltou que essas tecnologias aumentaram drasticamente tanto a exposição das empresas a ameaças quanto os riscos de segurança cibernética.

O estudo da PwC Brasil aponta que foi observado um aumento de incidentes de segurança no setor elétrico, com riscos de impactos para a sociedade. Além disso, casos como esses podem gerar muitas dores de cabeça para as empresas do setor, como multas regulatórias e possíveis paralisações parciais ou totais dos serviços. Agora, as ameaças cibernéticas subiram uma posição entre as principais preocupações do setor, saindo do 5º lugar em 2019 (30%) para a 4ª colocação em 2020 (33%). Os demais problemas do segmento citados são excesso de regulação, incertezas políticas e econômicas e conflitos comerciais.

1617937354143

Eduardo Batista, da PwC Brasil

Uma outra pesquisa da PwC, chamada “Digital Trust Insights”, afirmou que as companhias de energia em todo mundo estão investido cada vez mais na segurança digital. O estudo revelou que 58% das empresas dessa indústrias vão aumentar o orçamento de cibersegurança em 2021.

A consultoria lembra ainda que o Brasil não tem uma regulamentação específica sobre segurança cibernética para as infraestruturas do setor elétrico.  A PwC acredita que devem surgir regulamentações locais para definir requisitos gerais de evolução da maturidade de segurança cibernética na indústria. Isso vai aumentar a necessidade de preparação das companhias para adequações de segurança e evolução da capacidade de resposta aos incidentes.

“Um bom programa de segurança cibernética, alinhado aos objetivos do negócio e riscos, pode alavancar as capacidades de identificação, preparação e resiliência das organizações contra as ameaças cibernéticas no ambiente de missão crítica, bem como atender às novas regulamentações no setor”, avaliou o sócio e líder de Cyber Security da PwC Brasil, Eduardo Batista (foto à direita).

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of