ENGEMAN ACUMULA CARTEIRA DE PROJETOS ACIMA DE R$ 1 BILHÃO E INVESTE NA AQUISIÇÃO DE NOVOS ATIVOS
O Projeto Perspectivas 2023 desta terça-feira (10) traz como convidado o CEO da Engeman, o engenheiro Mario Beltrão. No ano de 2022, a empresa liderada pelo executivo acumulou um bom resultado, garantindo uma carteira de projetos de mais de R$ 1 bilhão. Além disso, a companhia também teve um crescimento em seu faturamento de 40% em comparação com o ano anterior. Beltrão diz que vê com bons olhos o futuro do setor de óleo e gás, com novas demandas por conta da retomada do Polo Gaslub Itaboraí (antigo Comperj) e das novas descobertas nas regiões Norte e Nordeste. “Em relação à Engeman, estamos investindo na aquisição de novos ativos, buscando novas tecnologias, consolidando e ampliando nossas certificações e capacitando nosso time para os desafios que virão em 2023”, declarou o executivo. O entrevistado defendeu ainda que o novo governo crie condições para que a indústria de transformação voltar a ser forte no país.
Como a sua empresa atuou em 2022? Os resultados foram positivos?
Tivemos um ano desafiador, onde investimos muito no desenvolvimento comercial no mercado privado e nos adaptamos à estratégia de desinvestimentos da Petrobrás, tarefa essa que não foi fácil. Mas colhemos ótimos resultados desse trabalho, alcançando um backlog acima de R$ 1 bi em contratos e um crescimento no faturamento na ordem de 40% em comparação a 2021.
O que espera para 2023? Quais são as perspectivas para o ano que vem?
Para o país, enxergamos um cenário otimista, com a retomada de investimentos em refinarias, estaleiros e plataformas.
Em especial, no setor de óleo & gás, há uma perspectiva de aumento na produção de Petróleo no Brasil, o que naturalmente gerará demandas extras para todos os players desse mercado, acrescenta-se ainda a retomada do COMPERJ aliado às novas descobertas feitas pela Petrobrás nas regiões Norte e Nordeste (novo pré-sal).
Em relação à Engeman, estamos investindo na aquisição de novos ativos, buscando novas tecnologias, consolidando e ampliando nossas certificações e capacitando nosso time para os desafios que virão em 2023. Queremos estar preparados para atender à essa projeção de crescimento que se apresenta, não somente para o ramo do petróleo, mas para o ramo de energia como um todo.
Se fosse consultado, quais as sugestões daria aos governantes para que os negócios prosperem ainda mais?
O principal conselho que daria aos novos governantes seria “diminuir a nossa dependência tecnológica de outros países”, retomando a Engenharia e a Indústria Nacional, criando as condições para a indústria de transformação voltar a ser forte no país. Podemos citar, como exemplo, quando da última pandemia fomos reféns de outros países para produção de respiradores e até máscaras de proteção, por não termos indústrias fabris capacitadas.
Sabemos da importância e precisamos de um agronegócio forte, mas não podemos depender somente desse segmento. O Brasil precisa voltar a ser protagonista e investir em tecnologia de ponta. Temos que retomar com os investimentos em Ciência & Tecnologia, buscando um crescimento sustentável em todas as áreas de atuação, como exemplo precisamos reativar o Centro de Pesquisas da Petrobrás, tão importante no descobrimento do Pré-sal.
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