EQUIPAMENTOS IMPORTADOS SÓ CHEGARÃO AO COMPERJ NO FINAL DE 2014

Eles chegaram ao Brasil em agosto de 2011, mas estão fazendo uma longa pausa, prevista para durar até o final de 2014, no Porto do Rio de Janeiro. São os equipamentos importados (foto) pela Petrobrás para serem utilizados no Comperj, que só poderão chegar ao destino final depois que a estatal tiver construído um porto na praia da Beira, em São Gonçalo, e uma estrada de 18 km ligando o porto a Itaboraí, onde está sendo instalado o complexo petroquímico. Os planos da empresa preveem que a estrada seja concluída somente em outubro de 2014.

Em julho de 2012, após quase um ano pagando taxas diárias para manter os equipamentos – que incluem quatro reatores italianos, com mais de mil toneladas de peso –, a Petrobrás já havia reconhecido que as licenças necessárias para a construção do porto e da estrada estavam demorando muito, o que fez com que a estatal pensasse numa solução temporária.

“Tendo em vista os prazos envolvidos no processo de implantação da via de acesso para equipamentos especiais no que tange a obtenção das licenças e liberação da faixa e a quantidade de desapropriações, o tempo necessário para o processo de viabilização desta alternativa vem sendo maior que o previsto. Sendo assim, foi protocolado no INEA o Relatório Ambiental Simplificado, solicitando uma licença para a passagem temporária dos equipamentos pelo Guaxindiba até que se tenha a alternativa definitiva”, afirmou a empresa na época.

No entanto, a Secretaria estadual do Ambiente (SEA), em conjunto com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), negou o pedido da companhia, porque o trajeto logístico traçado pelo Rio Guaxindiba corta a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, onde a estatal teria que dragar cerca de 100 mil metros cúbicos de sedimentos, afetando o meio ambiente da região.

No primeiro mês após os reatores chegarem ao Rio de Janeiro, a Petrobrás afirmou que a solução logística para levar os equipamentos até o Comperj ficaria pronta em seis meses, porém já se vão 17 meses e o problema ainda parece estar longe de ser resolvido. Como a área utilizada no Porto do Rio não é arrendada, a empresa continuará pagando taxas diárias. Os reatores serão utilizados para produzir diesel com baixo teor de enxofre na refinaria, que tem seu primeiro trem de refino previsto para ser concluído em abril de 2015.

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