EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO DA AGÊNCIA ATÔMICA GOSTA DO QUE VÊ DEPOIS DAS INSPEÇÕES NUCLEARES NA HUNGRIA
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que a Hungria tomou “medidas significativas para melhorar sua preparação para emergências nucleares e radiológicas” desde uma revisão inicial de preparação para emergências. A missão de acompanhamento de cinco dias foi liderada por Chris Dijkens, ex-diretor de cooperação internacional de fiscalização do Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, e incluiu sete especialistas de países como Canadá, França, Alemanha e Portugal, além de dois representantes da AIEA. Para Dijkens, a Hungria abordou as recomendações da missão inicial do EPREV e tomou medidas significativas para melhorar sua preparação para emergências nucleares e radiológicas. “O país desenvolveu um programa de treinamento anual e de longo prazo para vários trabalhadores de emergência e também publicou uma estratégia de proteção para tais emergências. Essa missão de acompanhamento ajudará a Hungria a melhorar ainda mais os arranjos e capacidades de emergência”, disse.
Carlos Torres Vidal, diretor do Centro de Incidentes e Emergências da AIEA, disse que após a primeira missão realizada em 2016, um exemplo prático de implementação da estrutura jurídica internacional de EPR foi mostrado quando a Hungria sediou a emergência nuclear de grande escala ConvEx-3 de 2017. “Esta missão de acompanhamento demonstrou progressos substanciais na integração prática dos padrões de segurança da AIEA na estrutura húngara de preparação e resposta a emergências.” A equipe elogiou o forte compromisso da Hungria com a preparação para emergências nucleares e radiológicas, refletido nos esforços para melhorar os arranjos de emergência do país. Gostou também do plano anual abrangente de treinamento e exercícios para o Sistema Húngaro de Resposta a Emergências Nucleares e os requisitos aprimorados para garantir que os operadores estejam bem preparados para mitigar as consequências sob sua responsabilidade em caso de emergência em seu site.
A equipe da AIEA também fez algumas recomendações, incluindo:
- Finalizar a análise do Plano Nacional de Resposta a Emergências Nucleares e a avaliação de sua aderência às normas de segurança da AIEA;
- Aprimorar a coordenação em nível nacional, para garantir que os socorristas estejam equipados com detectores para identificar as condições radiológicas que podem enfrentar durante o serviço, permitindo que respondam com eficácia;
- Garantir uma maior conscientização entre os médicos de clínica geral para reconhecer os sintomas da exposição aguda à radiação.
Andrea Beatrix Kádár, presidente da Autoridade Húngara de Energia Atômica, disse que a missão em 2016 abriu caminho para a criação de um plano de ação para fortalecer o sistema de preparação e resposta a emergências da Hungria. “A missão de acompanhamento destacou nossos esforços na sua implementação e reforçou compromisso em desenvolvimentos futuros”, acrescentou. A Hungria gera cerca de metade de sua eletricidade a partir de quatro reatores na usina nuclear de Paks, também opera dois reatores de pesquisa, uma instalação de produção de isótopos, um repositório nacional de resíduos radioativos e usa fontes de radiação de alta atividade em aplicações industriais, médicas e de pesquisa.
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