ESTALEIRO RIO GRANDE VOLTA ÀS SUAS ATIVIDADES NAVAIS DEPOIS DE CINCO ANOS

Foto_Ricardo Ávila1Depois de cinco anos de espera, as atividades navais retornaram ao Estaleiro Rio Grande. O navio Siem Helix I, embarcação de estimulação de poços que opera na Bacia de Campos, já está no dique seco do empreendimento, onde permanecerá por cerca de 45 dias para a realização de reparos. O trabalho marca a retomada das operações do Estaleiro na área naval, após o encerramento das atividades em 2016, por conta da crise do setor. Desde então, a Ecovix, proprietária do espaço, passou por um processo de recuperação judicial e, nos últimos dois anos, vinha atuando para diversificar os serviços no empreendimento. Ricardo Ávila, diretor operacional da Ecovix, disse que a empresa sempre acreditou na retomada. “Nesses longos anos, enfrentamos muitas dificuldades impostas pelo abandono da Petrobrás de um trabalho de longo prazo. A empresa foi desenvolver seus projetos na Ásia, gerando lá os empregos e renda que poderiam estar aqui. Mas fomos resilientes e superamos esse quadro. O mercado de reparos navais pode ser um excelente complemento às atividades de construção, que é o principal objetivo do Estaleiro”, afirmou.

O Siem Helix I tem 159 metros de comprimento por 36,8 metros de largura. O serviço será feito em parceria entre a Ecovix e a DockBrasil, empresa do Rio de JaneiroFoto_Ricardo Ávila4 que atua com reparação naval. No total, serão gerados 500 empregos para as atividades na embarcação, além de todo o movimento na cadeia econômica que será impulsionado pela atividade em Rio Grande. O retorno das operações navais é visto com otimismo pelo prefeito de Rio Grande, Fábio Branco. O gestor espera que essa operação seja o início de um novo ciclo virtuoso para o Estaleiro e toda a região. “É um marco, sem dúvida. A movimentação no empreendimento promove mais empregos não só na atividade direta, mas em todas as áreas, como alimentação, hotelaria e demais serviços. É uma conquista para todos, que contribui para a retomada da autoestima da cidade e da região”, disse Branco.

No período de 2016 a dezembro de 2020, as áreas e o dique do Estaleiro permaneceram totalmente obstruídas com blocos de plataformas remanescentes dos contratos de FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento  e transferência de petróleo e gás), suspensos há cinco anos. Após a desobstrução, foi possível obter novos negócios na área naval. Além dos serviços de reparos, a empresa está prospectando operações em outras áreas como desmantelamento e descomissionamento de embarcações e, também, utilização do Estaleiro como terminal portuário. Em setembro de 2020, o empreendimento sediou o maior embarque de animais vivos da história do local, com 26 mil cabeças de gado exportadas para a Turquia e Líbano. Também foram desmontadas mais de 100 mil toneladas de estruturas no espaço.

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