ESTUDO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RIO REVELA POTENCIAL GIGANTESCO PARA O USO DO GÁS NATURAL

O swsdddestudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) lançou nesta semana o estudo “Perspectivas do Gás no Rio 2021”. Conforme antecipado pelo Petronotícias, o documento revelou que o consumo atual de gás natural pela indústria fluminense, um volume cerca de 680 mil m³/dia, deverá duplicar nos próximos cinco anos. A publicação indica ainda que, apontando para o horizonte de dez anos, a necessidade de gás natural pode crescer em mais de 10 vezes na comparação com o atual volume de consumo. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira (foto principal), disse durante o evento de lançamento do estudo que o novo marco legal traz novas possibilidades para o crescimento da demanda do gás, mas lembrou que ainda há muitas medidas complementares a serem adotadas para a expansão do mercado.

assssHélio da Cunha Bisaggio (foto à direita), superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, informou que a ANP espera conceder 20 novas autorizações de importação de gás natural até o fim do ano:  “Esse novo mercado já está acontecendo desde o lançamento do edital da primeira chamada pública da TBG – responsável pelo gasoduto Brasil-Bolívia – no modelo de entrada e saída, o que já impulsionou enormemente o interesse dos agentes no mercado de gás”.

O estudo da federação destaca também que, enquanto a produção de gás no Rio cresceu quase três vezes nos últimos 10 anos, os volumes reinjetados dispararam em um ritmo muito maior: aumentaram mais de 80 vezes em comparação aos volumes de consumo de gás natural no país em 2020. Além disso, o consumo de gás natural no estado dentro do chamado mercado não termoelétrico teve queda de 11% em relação ao volume de pico demandado no ano de 2019.

Obras da UPGN em andamento

Obras da UPGN em andamento

O “Perspectivas do Gás no Rio 2021” destaca que é fundamental a finalização e entrada em operação do gasoduto Rota 3 e da UPGN2 do polo Gaslub Itaboraí (antigo Comperj), previstos para este ano. O gás escoado pela Rota 3 será processado e conectado à malha de gasodutos de transporte da NTS. De acordo com o documento, esses investimentos são importantes para ampliar a disponibilidade dos volumes produzidos nos dois principais campos produtores de gás natural do país, Tupi e Búzios. Juntos, essas duas áreas foram responsáveis pela reinjeção de cerca de 40 milhões de m³/dia em 2020. O volume supera em 45% as importações no mesmo ano.

NTS vai fazer a distribuição através de seus gasodutos

NTS vai fazer a distribuição através de seus gasodutos

Já sobre novas rotas de gás, o estudo avalia também que o Porto de Itaguaí é um destino potencial para o Rota 4, o que poderia tornar a região em mais um hub de gás, conforme o Plano de Negócios 2021, da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). Também no Porto do Açu, outro ponto estratégico do estado do Rio, projetos de termelétricas utilizando gás natural (via GNL) também estão se tornando realidade, e vão além na diversificação do consumo, com projeto interessante para o segmento de fertilizantes.

O estudo da Firjan também avalia a questão dos preços do gás natural no mercado. Apesar da queda em um primeiro momento de pandemia no ano de 2020, o valor do gás no Rio de Janeiro em R$/m³ quase duplicou nos últimos nove meses. Atualmente, o preço do gás industrial praticado pela CEG-Rio no estado do Rio de Janeiro gira em torno de 1,9 R$/m³. Para baixar o estudo da Firjan completo, basta acessar este link.

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