EX-PRESIDENTE DA CAMARGO CORRÊA PROMETE DETALHAR PARTICIPAÇÃO DA ODEBRECHT EM ESQUEMA DA PETROBRÁS

Dalton AvanciniA possibilidade de sair da prisão sem um acordo de delação premiada parece cada vez mais distante para Marcelo Odebrecht, presidente da empresa que leva seu sobrenome. A nova barreira é o depoimento do executivo Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa, que prometeu detalhar a participação da Odebrecht no esquema de corrupção envolvendo contratos da Petrobrás e da Eletrobrás, segundo a Veja.

O executivo ainda disse que o juiz Sergio Moro, que vem liderando as análises e sentenças relacionadas à Operação Lava Jato, é “a esperança do Brasil”, por ser linha dura e por querer dar o exemplo. É um ponto bem colocado, já que a própria Camargo Corrêa, antes comandada por Avancini, conseguiu sair ilesa da Operação Castelo de Areia há quatro anos, anulando as investigações por meio do Superior Tribunal de Justiça.

Agora, depois de muitas provas e depoimentos colhidos, a empresa teve seus principais executivos presos, fechou três termos de um acordo de leniência e já se comprometeu a pagar R$ 700 milhões de indenização pelo envolvimento em casos de corrupção.

Avancini já foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, mas conseguiu reduzir bastante sua pena em função do acordo de delação premiada. Atualmente vive em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Os depoimentos desta segunda-feira (31) incluem ainda Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Setal, Julio Gerin de Almeida Camargo, da Setal, e Rafael Angulo Lopez, que trabalhava com o doleiro Alberto Yousssef.

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