FALTA DE MOTORISTAS DE CAMINHÃO PODE FAZER REINO UNIDO RECORRER AO EXÉRCITO PARA DISTRIBUIR COMBUSTÍVEIS E ALIMENTOS
Imagine se fosse aqui. Além do preço do gás natural ter disparado no Reino Unido, onde o aumento passou de 300 %, O esgotamento dos estoques está provocando uma corrida por combustível nos últimos dias, que se agravou ainda mais com a falta de motoristas de caminhões de distribuição dos produtos. A escassez levou o governo a cogitar recorrer ao Exército para amenizar a falta de combustível e de alimentos distribuídos por caminhoneiros pelo país. Durante o fim de semana, foram registradas longas filas em vários postos de gasolina, especialmente nas grandes cidades e na capital, Londres. Quase seis mil postos de gasolina independentes, tinham pouca quantidade de combustível no domingo (26). Outros dois mil já não tinham qualquer combustível. Hoje (27), quase 30% dos postos do grupo BP ainda sentem os problemas causados pela escassez. As tentativas do governo para tranquilizar a população, fizeram muitos cidadãos correr para os postos de gasolina e supermercados.
O problema principal está na logística, na falta de motoristas de caminhões. Está faltando profissionais. A situação levou o governo britânico a alterar, no sábado, a política de imigração pós-Brexit e conceder até 10.500 vistos de trabalho provisórios, de três meses. As permissões devem atenuar a falta de caminhoneiros e de profissionais em setores cruciais da economia britânica. A livre circulação de mão-de-obra faz parte da União Europeia (UE), mas com o Brexit, essa equação se inverteu. A falta desses profissionais é um reflexo da escolha dos britânicos sair da Comunidade Europeia.
O ministro de Empresas e Energia, Kwasi Kwarteng, anunciou a isenção temporária para o setor das distribuidoras de combustíveis das regras da concorrência, para que possam abastecer, prioritariamente, as áreas mais necessitadas. Os jornais ingleses dizem que o governo quer recorrer ao Exército, para enfrentar a escassez. Ao ser questionado sobre se medida vai conseguir melhorar a situação, Kwarteng disse que “ Não é tão fácil como se pensa, pois os caminhoneiros são muito especializados e o os caminhões-tanque transportam um líquido muito inflamável por todo país, algo que exige procedimentos adequados de carga e descarga.”
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