FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DEBATE INVESTIMENTOS, CADEIA DE FORNECIMENTO E REGULAÇÃO DOS PROJETOS EÓLICOS OFFSHORE NO RIO
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) organizou um debate online para discutir a necessidade de regulação dos investimentos, o avanço no desenvolvimento da geração eólica offshore e o estímulo à cadeia produtiva de equipamentos, visando contribuir com o debate para avançar no desenvolvimento da geração eólica offshore e estimular a cadeia produtiva de equipamentos. A entidade realizou nesta semana a websérie Novas Energias, que discutiu a necessidade de regulação desses investimentos. Existem atualmente cinco projetos de empreendimentos em fazendas eólicas offshore no estado do Rio, que podem alcançar a capacidade instalada de mais de 15 GW. Para contribuir com o debate, o modelo holandês foi apresentado pelo cônsul-geral adjunto Niels Veenis, chefe do Setor de Energia Brasil do Consulado dos Países Baixos no Rio: “O segredo da expansão é diminuir o risco do negócio para o empreendedor. Por isso, nosso governo faz os estudos técnicos, ambientais, o planejamento espacial e garante a compra de energia.”
Daniel Vieira, assessor da Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), considerou o evento produtivo e importante para a regulação da energia eólica no Brasil e disse que vai estudar como aproveitar o modelo holandês na realidade brasileira. Segundo ele, a Aneel vai colocar sua agenda regulatória para consulta pública em breve, incluindo a situação das eólicas: “Será preciso que governo, instituições e mercado discutam o melhor caminho. A Aneel está estudando o pedido de autorização de três usinas eólicas offshore no país, mas aguarda a definição da regulação para despachar.”
Raphael Moura, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), explicou que a modalidade eólica offshore está no centro do projeto de transição energética: “É um olhar de futuro. A resolução da ANP, que trata da vida útil e do descomissionamento das unidades de produção de petróleo, prevê a reutilização dos espaços para energia eólica, entre outros usos”. Segundo Moura, as grandes petroleiras estão direcionando recursos para pesquisa de novas fontes e muitas que atuam no Brasil, como Equinor e Shell, têm apresentado projetos de descarbonização e aumento de produção de energia através de eólica offshore.
Para Tatiana Lauria, especialista em Energia da Firjan, que mediou o encontro ao lado de Fernando Montera, coordenador de Relacionamento Petróleo, Gás e Naval da federação. “Este momento de crise mostra a importância da diversidade da matriz para a segurança energética. O que nos falta é consolidar o regulatório para que o mercado de eólica offshore se desenvolva e possa se integrar ao óleo e gás no setor elétrico. Temos centros de excelência em pesquisa e experiência industrial metalomecânica”, declarou.
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