FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RIO DE JANEIRO CRITICA A MP DA ELETROBRÁS E PEDE QUE BOLSONARO VETE TRECHOS DA MEDIDA
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) criticou alguns pontos mantidos na Medida Provisória que dá direito ao governo vender ações da Eletrobrás no mercado. A entidade e recomenda que o Presidente Bolsonaro vete pelo menos três partes do texto. Para a Firjan, as emendas reduzem competitividade da geração termelétrica, além de negligenciar revitalização da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul. A nota diz que a energia elétrica é um insumo fundamental e estratégico para a indústria, sendo o principal energético utilizado por 79% das empresas que podem representar mais de 40% de seus custos de produção. Por isso, lembra a federação, o seu fornecimento com segurança, qualidade e custos, é imprescindível para a garantia da competitividade da nossa indústria. Veja o teor da nota:
“ É função do governo federal zelar pelo bom funcionamento do setor elétrico. É imprescindível que a atuação do governo elabore e estabeleça regras formais que estimulem o mercado, promova a distribuição de renda do setor de forma justa e estabilize o segmento por meio da segurança jurídica, garantindo assim tarifas competitivas e a segurança energética nacional.
Entretanto, nas últimas semanas vimos um caminho sendo trilhado no sentido totalmente oposto, com a inserção de itens na MP 1031/2021 que reduzem a competitividade da geração termelétrica, criam subsídios cruzados e ainda negligenciam a população do Sudeste, ao não criar um programa de revitalização para a Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul. Dessa forma, lamentamos a manutenção de três pontos na medida:
I. Contratação compulsória de 8 mil MW de térmicas a gás, sem considerar a dinâmica do mercado. Serão empreendimentos fixados, na maioria, em regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura e sem disponibilidade do energético. A decisão obrigada por lei retira competitividade do gás natural e afasta diversificação de consumo em projetos industriais com potencial transformador;
II. A contratação das termelétricas está associada à construção de gasodutos com recursos da CDE, encargo cobrado na conta de energia, onerando ainda mais o consumidor final de energia elétrica;
III. A não criação de um programa de revitalização para a Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul. A não destinação de recursos para a revitalização da bacia de Paraíba do Sul prejudica cerca de 14 milhões de pessoas localizadas em 185 municípios nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, que utilizam os recursos naturais da bacia para geração de renda e empregos.
Lembramos ao governo federal que o desenvolvimento do país passa pela boa condução dos ativos de infraestrutura e o processo de capitalização da Eletrobrás torna-se o exemplo de uma oportunidade perdida. Por fim, esperamos que o bom senso prevaleça e os pontos citados acima e inseridos na MP 1031, possam ser revertidos para o sentido da eficiência, economicidade e competitividade do setor elétrico em função do bem-estar da sociedade em geral.”
“O longevo presidente da Firjan, Gouveia Vieira, também fez doações de imóveis para familiares. Tudo registrado em cartório. Essas movimentações estão levantando suspeitas por parte dos membros da Lava Jato. Eles querem saber por que as transações tiveram início pouco antes da prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em 2016. Uma coincidência?” Outro que se aproveitou da corrupção e caiu na lava-jato, mas a impunidade reina no Brasil.
“volta moro!”…é isso que vc quer dizer, pedroca?