FIRJAN APONTA QUE PROJETOS DE P&D EM HIDROGÊNIO RECEBEM MAIS DE R$ 636 MILHÕES DE INVESTIMENTOS NO BRASIL
O Brasil está se movendo rapidamente para se tornar um produtor significativo de hidrogênio. Com a iminente aprovação do Marco Legal do Hidrogênio pelo Congresso Nacional, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) destacou que, desde 2022, mais de R$ 636 milhões estão sendo investidos em 46 projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao hidrogênio no país. Desse total, mais da metade dos recursos são destinados a 14 projetos no estado do Rio de Janeiro. Os dados fazem parte do levantamento “Mapa Estratégico do Hidrogênio para o Rio de Janeiro”, produzido pela Firjan SENAI SESI.
O estudo ressalta o estado com forte potencial produtor do combustível e isso se deve ao fato de que o Rio de Janeiro é o maior produtor de gás natural do país, possui capacidade de geração de energia nuclear e conta com projetos para expandir a produção de energias renováveis, incluindo a implantação de parques eólicos offshore ao longo da costa. O documento está sendo apresentado hoje no evento “Conexão Internacional do Hidrogênio: um futuro de baixa emissão de carbono”, no Centro do Rio.
“Estamos comprometidos com o desenvolvimento de tecnologias e com a formação de profissionais para encontrar respostas aos inúmeros desafios que precisam ser enfrentados para viabilizarmos este combustível. Temos uma rede de institutos de tecnologia e inovação, que realiza projetos de pesquisa aplicada com soluções para multiplicar o potencial do hidrogênio”, afirma o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressaltando a importância de estabelecer o marco legal regulatório o quanto antes para atração e desenvolvimento de novos empreendimentos.
O documento aponta ainda os desafios e as oportunidades para o pleno desenvolvimento do mercado de hidrogênio no país. Além da regulação e legislação adequadas, a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso, cita entre os desafios que para estimular a demanda por hidrogênio, “passa por uma competitividade do preço do energético frente a outras soluções, a partir de um ambiente com maior oferta, mais desenvolvimento tecnológico e regras propícias para possibilitar negócios”. “Também há questões como certificação e normatização, armazenamento, segurança e transporte”, complementa. Entre as oportunidades, destacam-se a ampliação de fontes de energia no país, a descarbonização, o desenvolvimento tecnológico e a exportação do energético, além de atender o mercado interno de fertilizantes, produção de amônia, de combustíveis sintéticos e SAFs (combustível sustentável de aviação), entre outras aplicações.
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