FORSHIP PLANEJA ABRIR FILIAL NOS ESTADOS UNIDOS E MIRA CONTRATOS DE DESCOMISSIONAMENTO NO BRASIL

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –

Luciano Gaete - Forship - HMSWeb (2)Com a paralisação de diversas unidades da Petrobrás no horizonte, algumas empresas enxergam oportunidades de negócios na realização de serviços de descomissionamento, como é o caso da Forship – que acredita que sua especialização em comissionamento poderá lhe oferecer vantagens na hora de concorrer a contratos voltados à desativação de unidades. “É uma área que vai crescer muito não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Como nossa empresa tem um grande expertise na área de comissionamento, eu entendo que estamos um pouco à frente da concorrência para fazer o processo inverso”, destacou o diretor da HMS Web (do grupo Forship), Luciano Gaete (foto). Além disso, o executivo revelou que a empresa tem planos de abrir, nos próximos meses, uma filial nos Estados Unidos com foco em serviços como gestão, coordenação e consultoria especializada em comissionamento.

Quais são os principais contratos da empresa atualmente?

A Forship tem quase 20 anos de existência. Nossa empresa nasceu focando no mercado de comissionamento do setor de óleo e gás. Ao longo do tempo, diversificamos para outras áreas como operação e manutenção, e construção e montagem. Passamos a atuar também em outros mercados, como o energético, naval, petroquímico e de mineração. Mais recentemente, estamos atuando em projetos de infraestrutura, como a transposição do Rio São Francisco. A partir da área de TI, nós abrimos uma nova empresa ligada ao grupo, que é a HMS Web, da qual eu sou diretor-executivo. A gente desenvolveu um software de gestão do processo para os empreendimentos industriais que a gente participava. Este produto deixou de ser uma ferramenta proprietária e virou um produto comercial, e agora estamos o licenciando por meio da HMS Web para o mercado. No caso específico do Rio São Francisco, a empresa de engenharia responsável pelo projeto de transposição identificou a ferramenta da HMS como adequada para fazer a gestão do processo de comissionamento. Nós fizemos algumas apresentações para  equipe do Ministério da Integração e o produto foi bem recebido e está sendo usado desde então.

Na área de óleo e gás, quais são os principais projetos?

A gente ganhou uma concorrência, no ano passado, em Sergipe. É um projeto de construção e montagem de uma parte de uma unidade que já existe. A gente tem também vários projetos com a Vale, no Brasil e em Moçambique, com a OceanPact, além de prospectar negócios em outros setores, como o naval. Nós também finalizamos o PLSV Esmeralda, fazendo a parte do comissionamento para a Sapura. O navio foi lançado em dezembro de 2015. Nossa empresa entrou na parte final do projeto para ajudar na conclusão do comissionamento.

A Forship também avalia buscar projetos de descomissionamento?

Temos esta expectativa sim. Chegamos a participar de uma concorrência neste setor. Estamos buscando desenvolver negócios nessa área também. É uma área que vai crescer muito não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Como nossa empresa tem um grande expertise na área de comissionamento, eu entendo que estamos um pouco à frente da concorrência para fazer o processo inverso. Não que seja exatamente a mesma coisa, obviamente. Mas por sermos especializados em comissionamento, certamente a gente consegue buscar e apresentar uma solução para os projetos de descomissionamento.

Como estão os planos de atuação da empresa no exterior?

A gente tem um plano de abrir uma filial da HMS Web em Houston, nos Estados Unidos. A ideia era inaugurar no início de 2016, sendo que em função da questão da área de energia e de óleo e gás não estar muito bem nos EUA, resolvemos adiar o projeto um pouco. Então, a abertura deve ser no final desse ano ou no início de 2017. O mercado dando sinais de melhora, nós planejamos abrir uma unidade trabalhando também em outro serviços que a Forship poderia prover, como gestão, coordenação e consultoria especializada em comissionamento.

E quais os próximos passos da empresa no Brasil?

A gente tem sido convidado para participar de projetos de construção e montagem de maior porte. A gente participou recentemente da disputa da adequação de Rota 1 de Mexilhão. Infelizmente não ganhamos, mas estamos participando de outras concorrências também vinculadas à Petrobrás e a outros clientes similares. O que está acontecendo é que, com as grandes EPCistas impedidas, as empresas de médio porte como a Forship estão sendo convidadas. Com isso, surge a oportunidade de atender uma parte deste mercado nos projetos que ainda estão acontecendo. Além disso, temos ainda a possibilidade de buscar oportunidades em manutenção.

A Forship já fez projetos EPC?

Já fizemos alguns sim. Projetos de pequeno porte, como uma estação de compressão de gás, por exemplo. A gente fez uma linha de uma planta petroquímica no Rio Grande do Sul. Foram projetos de menor porte, que antes não estavam no radar das grandes EPCistas. A gente continua buscando esse tipo de oportunidade, principalmente agora neste contexto de reposicionar a empresa para buscar outras oportunidades e continuar crescendo.

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