FPSO MERO 2 PODERÁ TER MESMO PERCENTUAIS DE CONTEÚDO LOCAL DE MERO 1, COM ISENÇÃO TOTAL PARA CASCO DO NAVIO
A Petrobrás revelou hoje (2) que os percentuais de conteúdo local da plataforma de Mero 2 poderão ser iguais ao do FPSO Mero 1. Como se sabe, a estatal iniciou recentemente a contratação do segundo navio-plataforma para a área. Mas conforme indicou o gerente do projeto de Libra, Fernando Borges, ainda existem incertezas sobre os índices de conteúdo nacional. Isso porque, para quem não lembra, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) está regulamentando o waiver (perdão pelo não cumprimento dos percentuais de itens locais). Como noticiamos, esse processo também prevê a redução dos índices dos contratos vigentes para as novas – e menores – fatias de conteúdo nacional (válidas desde as últimas licitações). O último leilão do pré-sal teve 25% de contratação local para os FPSOs.
Vale lembrar também que no pedido de Waiver de Mero 1, a ANP concedeu a isenção de conteúdo local para a construção do casco do navio. Diante da indefinição da regulamentação do waiver, a Petrobrás decidiu que, pelo menos por ora, Mero 2 terá os mesmos índices que a plataforma anterior. Contudo, Borges destacou que se a ANP anunciar sua decisão durante o processo de contratação, a estatal poderá optar pelos novos percentuais.
Agora, resta a indústria nacional esperar pelos índices que serão apresentados pela ANP. A expectativa é grande especialmente no setor naval, já que se Mero 2 tiver os mesmos índices que Mero 1, a construção e montagem do casco será feita totalmente no exterior.
A nova plataforma será um FPSO com capacidade para produzir 180 mil barris por dia (bpd) de petróleo e processar 12 milhões de m3/dia de gás e será instalado em lâmina d’água de cerca de 2.000 metros. A unidade, com características similares ao projeto Mero 1, será o primeiro sistema de produção definitivo do campo. Ele terá algumas otimizações implementadas. O início da produção da plataforma está previsto para 2022.
Voltamos a doutrina FHC, ou seja, aquela que matou a construção naval no Brasil. Agora sob a batuta de Sr. Parente.
Milhares de desempregados no setor com estaleiros “as moscas”.
Triste fim para uma indústria que não se sustenta, que navega ao sabor da “conveniências políticas.”