FUP CRITICA NOVA TROCA NA PETROBRÁS E DIZ QUE MUDANÇA NA PRESIDÊNCIA NÃO MUDARÁ POLÍTICA DE PREÇOS | Petronotícias




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FUP CRITICA NOVA TROCA NA PETROBRÁS E DIZ QUE MUDANÇA NA PRESIDÊNCIA NÃO MUDARÁ POLÍTICA DE PREÇOS

deyvid-barcelar-divulgacao-4-750x440A Federação Única dos Petroleiros (FUP) acredita que a nova troca na presidência da Petrobrás não trará os resultados esperados pelo governo. Para o coordenador-geral do sindicato, Deyvid Bacelar (foto), a substituição de José Mauro Coelho por Caio Mário Paes de Andrade não mudará a política de preços de paridade de importação da companhia, apontado pela FUP como principal vilã na alta dos combustíveis. Com isso, ainda de acordo com a entidade, os preços para os consumidores seguirão em alta. Para Bacelar, o alívio para o bolso do brasileiro na hora de reabastecer o carro só virá quando o governo decidir alterar a atual política de preços.

O fato é que [Jair] Bolsonaro não muda ou abandona a política de preço de paridade de importação, o PPI, porque não quer. O PPI não é lei; é decisão do Executivo. A questão central é que o governo não quer briga com o mercado, com os acionistas privados, que, com o atual modelo, têm a garantia de dividendos espetaculares”, afirmou. “O foco da gestão da Petrobrás, no atual governo, é geração de caixa, resultante da  venda dos combustíveis a valores de PPI, altos lucros e dividendos para acionistas, numa política de transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos, um verdadeiro Robin Hood às avessas”, acrescentou Bacelar.

Caio-Mario-Paes-de-Andrade-202008213A saída de José Mauro e a indicação de Caio Mario Andrade (foto à direita) foram anunciadas ontem (24), no final da noite. Andrade é atualmente Secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. No setor privado, foi atuante nos segmentos de tecnologia de informação, mercado imobiliário e agronegócio, mas nunca teve passagem pelo ramo de óleo e gás. Em 2019 passou da iniciativa privada para a área pública. Foi presidente do SERPRO até agosto de 2020, quando passou a fazer parte do Ministério da Economia.

Após a indicação, o nome de Andrade será agora avaliado pelo Comitê de Pessoas da Petrobrás. Passando por essa etapa, o escolhido pelo governo precisará entrar para o Conselho de Administração da companhia. Uma nova Assembleia Geral Extraordinária de acionistas deverá ser agendada em breve para deliberar sobre a eleição de Andrade para o colegiado.

sede-petrobrasEnquanto isso, tendo em vista que José Mauro Coelho foi eleito pelo sistema do voto múltiplo, durante Assembleia Geral Ordinária realizada em abril, a sua destituição implicará na destituição dos demais membros do Conselho eleitos pelo mesmo processo. Por isso, a Petrobrás deverá realizar nova eleição de conselheiros. No mercado, existem rumores de que o governo também estaria disposto a mexer na composição do colegiado.

Se aprovado durante a nova Assembleia Geral Extraordinária, o nome de Andrade será levado para o Conselho de Administração da companhia, que decidirá sobre sua eleição para o cargo de presidente da petroleira. Como já é de conhecimento do mercado, fazer parte do Conselho de Administração é condição precedente para assumir o comando executivo da companhia.

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