GERDAU VENDE DIVISÃO DE AÇOS ESPECIAIS NA ESPANHA EM ACORDO DE € 155 MILHÕES COM CLERBIL

andre gerdauAcuada pela crise da indústria e pelas investigações em curso no Brasil, a Gerdau busca hoje arrecadar recursos no mercado e acaba de dar um novo passo importante. A empresa fechou nesta sexta-feira (20) a venda de sua divisão de aços especiais na Espanha para a Clerbil SL, em um acordo de € 155 milhões que deverá ser concluído até julho. Além do valor de compra, a companhia poderá receber até € 45 milhões adicionais ao final de cinco anos, a depender do desenvolvimento futuro da subsidiária espanhola, que possui uma capacidade produtiva de um milhão de toneladas por ano e é voltada principalmente ao setor automotivo.

Com o novo acordo, que ainda deverá passar pela aprovação de autoridades concorrenciais do país, a divisão voltará a operar sob a marca Sidenor. Em nota, a Gerdau afirmou que irá continuar colaborando com a unidade da Espanha para o desenvolvimento de novos produtos de aço, com foco no atendimento ao mercado europeu. Detentora de escritórios comerciais na Alemanha, na França, na Itália e no Reino Unido, a subsidiária opera um dos maiores centros de P&D do setor de aço no continente.

“Frente aos desafios globais da indústria de aço, estamos buscando gerar mais valor de mercado e ampliar a competitividade de nossas operações, mantendo o endividamento sob controle”, afirmou em comunicado o CEO da Gerdau, André Gerdau Johannpeter (foto). Segundo o executivo, a venda da divisão espanhola “está sendo realizada para que a Gerdau possa focar-se em suas empresas com maior rentabilidade”.

Além das dificuldades com o preço da commodity, a empresa enfrenta hoje acusações de fraude em meio à Operação Zelotes. Na última semana, a Polícia Federal (PF) indiciou o CEO André Gerdau pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro em um inquérito que também envolveu outros 18 investigados. A companhia siderúrgica vem sendo o principal foco da operação que apura fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

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