GLS ENGENHARIA AMPLIA MERCADO DE MANUTENÇÃO E APOSTA EM NOVOS DATA CENTERS PARA SEGURANÇA DE DADOS DE EMPRESAS
Quando a GLS Engenharia foi criada, há 26 anos, o mercado de manutenção era o grande foco da empresa. Hoje, sua diretora, a engenheira Solange Susini, continua apostando no mercado de manutenção, mas expandiu significativamente suas atividades na construção e modernização de Data Centers e na construção de salas seguras, que passou a ser a tendência das empresas que querem proteger todo acervo digital de suas operações. Estas salas estão gradativamente substituindo as antigas salas cofre, que também são seguras, mas custam quase o triplo do preço. Com uma tecnologia moderna, as salas seguras garantem a segurança das informações das empresas, mas a custos muito menores.
Como todas as empresas, a GLS Engenharia também vem enfrentando o momento recessivo da economia brasileira e já estuda a possibilidade de internacionalização, visando principalmente os países da América Latina. Existem empresas interessadas na instalação dessas salas seguras na Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Porém, a companhia quer entender melhor o mercado internacional antes de aceitar a ideia de expandir negócios para o exterior:
“Temos que ter paciência e atenção, seria prudente esperarmos um pouco mais antes de aceitar esta possibilidade para levarmos a nossa tecnologia para o exterior. Tenho certeza que existe mercado e há uma grande perspectiva para a nossa atuação, mas vamos aguardar um pouco mais. Enquanto isso, vamos dando andamento aos nossos compromissos com as empresas brasileiras onde realizamos o nosso trabalho.”
– Que outro trabalho a GLS Engenharia está desenvolvendo ?
“Nós fazemos diversos tipos de manutenções. Desde o sistema elétrico, passando por sistemas de ar condicionado de precisão e de conforto, sistemas de detecção e combate a incêndio, operacionalização de geradores e no breaks de grande porte, controle de acesso, dentre outros. Estamos sempre desenvolvendo diversos trabalhos para clientes em busca de novas tecnologias para aplicar tanto na redução de custos quanto no gerenciamento dos sistemas. Aliás, a instalação de Data Centers tem se desenvolvido significativamente na nossa empresa.
Sempre alinhada com as novas tecnologias, a GLS Engenharia buscou o Uptime Institute, entidade americana que desenvolve currículos de treinamento específicos para profissionais de Data Centers, alinhados ao Sistema Tier Classification, globalmente reconhecido. O Accredited Tier Designer (ATD) e o Accredited Tier Specialist (ATS) são treinamentos intensivos, que ajudam a alinhar a infraestrutura e as operações com sua missão em relação ao tempo de funcionamento. Estes cursos são conduzidos pelo corpo docente sênior do Uptime Institute, e resultam em designações profissionais que são respeitadas por toda a indústria mundialmente. Onde quer que você esteja no ciclo de vida dos Data Centers – desde o desenvolvimento de uma nova instalação à gestão de uma infraestrutura de site antiga – a metodologia de gestão da instalação e operação do Uptime Institute pode ser aplicada para garantir eficiência operacional e reduzir riscos:
“Temos mais de uma centena de colaboradores envolvidos em projetos de instalação e desenvolvimento desses Data Centers, usando tecnologias ultramodernas e de alta precisão. Hoje, os equipamentos de ar condicionado utilizados em Data Centers são de “precisão”, pois atuam precisamente na necessidade de dissipação térmica requerida a todo instante.”
– A GLS Engenharia também faz a modernização de Data Centers?
– “Sim, claro. Uma empresa que possua Data Center antigo, sem lugar para colocar uma máquina de ar condicionado mais potente, sem lugar para um gerador, nobreak e preocupada com a eficiência de seu sistema, nós temos a solução para tudo isso utilizando pequenos espaços, que são as máquinas novas Inrow, da Schneider, que somos representantes. São máquinas que conseguem dissipar grandes quantidades de energia, ocupando pequenos espaços. Além da Schneider, a GLS também tem uma parceria com a empresa Emerson, também fabricante de tecnologia de ponta para Data Centers.”
– Como a GLS Engenharia está vendo o atual momento da economia brasileira ?
– Esperava-se uma boa queda das atividades econômicas, mas não nessas proporções. Nós temos muito que melhorar. Mas para mudar a economia, precisamos mudar a política. Entendo que o modelo americano de eleições seja o mais indicado ao Brasil, com redução significativa de valores para que partidos políticos façam sua campanha. O problema da corrupção, que também é um grande fator negativo, seria bem minimizado.
– E na área de petróleo?
– Nós temos interesse, mas o período que estamos vivendo é difícil e acho que não é uma área promissora neste momento. Estivemos em negociação até para começar a fazer o CRCC. O cadastro da Petrobrás não é só um cadastro, precisa ter um ou dois funcionários diretos, dedicados somente a ele. Você precisa preencher planilhas mensalmente, precisa estar permanentemente dando input a tudo que você faz na empresa. É um cadastro que necessita de um acompanhamento muito grande. Faz com que a empresa tenha que investir em tecnologia, investir em pessoal, ter um sistema de acompanhamento via computador das manutenções, e ter todo um serviço de qualidade, de segurança do trabalho. Muitos acham que isso é um entrave, mas não acredito. É uma dificuldade, mas eu acho uma dificuldade saudável. Coloca as empresas todas no mesmo nível. Todos precisam destes requisitos para participar.
– Mas qual foi o fator mais preponderante para a GLS Engenharia desistir momentaneamente da Petrobrás?
– A Petrobrás está muito pressionada neste momento e precisamos esperar que as coisas se distendam para que a empresa possa se reerguer e continuar sendo a potência que o Brasil conhece e precisa.
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