GOVERNO DE MICHIGAN CONSIDEROU DEFICIENTE A SOLUÇÃO QUE A ENBRIDGE TEM PARA CONSTRUIR UM TÚNEL SOB O LAGO ONDE ESTÁ A LINHA 5

paulo capaReguladores do estado de Michigan determinaram que a empresa canadense Enbridge entregue informações adicionais sobre a segurança e a engenharia para seu túnel de oleoduto da Linha 5, descrevendo a aplicação atual da Enbridge como “deficiente”. Para lembrar, a Enbridge está planejando construir um túnel de sete quilômetros sob o Estreito de Mackinac, nos Grandes Lagos, para realocar sua tubulação existente de 540.000 barris por dia na Linha 5, uma obra que poderá ter a tecnologia brasileira da Liderroll para lançamento de dutos em túneis, igual a que foi usada nos túneis do Gasduc III e do Gastau, sob a Serra do Mar.

O comunicado foi anunciado por uma comissão do  Governo de Michigan, da Governadora Gretchen Whitmer: “A Comissão de Serviço Público de Michigan (MPSC) ordenou que o registro seja reaberto no aplicativo da Enbridge Energy LP,   descobrindo que o registro é deficiente em questões críticas de engenharia e segurança, e são necessárias evidências adicionais para a Comissão concluir sua análise.”

A decisão é um revés para a Enbridge, que propôs a construção do túnel de US$ 750 milhões para lidar com as preocupações de que a Linha 5 possa se derramar nos Grandes Lagos. É um revés porque a solução de engenharia apresentada às autoridades do governo não inspirou confiança. O túnel tem um forte declive e depois um forte aclive, além de não indicar com seriam feitas as soldas e a rolagem dos tubos dentro de um túnel de apenas 5 metros de diâmetro por sete quilômetros de comprimento. Em seu pedido, a comissão disse que testemunhos, exposições e briefings incluíam muito pouco sobre engenharia de túneis e os  perigos. Também faltam informações sobre segurança e manutenção dos dutos, “incluindo sistemas de detecção de vazamentos e soluções liderrollprocedimentos de desligamento.”

A proposta entregue não indicava o uso da tecnologia brasileira patenteada em 52 países, incluindo o Canadá e os Estados Unidos. No última dia 7 de junho o presidente da Liderroll, Paulo Fernandes (foto à esquerda), esteve em Michigan para participar de uma Audiência Pública. Lá, ele entregou um estudo completo sobre o uso da tecnologia brasileira para o túnel sob o lago. Um trabalho feito durante alguns meses que estudou todas as características do lançamento do oleoduto nas circunstâncias do projeto básico.

Uma seção de sete quilômetros do oleoduto envelhecido passa debaixo d’água através do Estreito de Mackinac e os ambientalistas estão preocupados com o risco de um vazamento de óleo. No ano passado, a governadora Gretchen Whitmer ordenou que a Enbridge, com sede em Calgary, fechasse a Linha 5, que transporta produtos brutos e refinados de Superior, Wisconsin, para Sarnia, Ontário, via Michigan. Os canadenses ignoraram essa ordem e os dois lados estão envolvidos em uma batalha legal sobre o destino do oleoduto.

Ryan Duffy

Ryan Duffy

Em um comunicado, o porta-voz da Enbridge, Ryan Duffy (foto à direita), disse que a empresa está envolvida no projeto e que “informações extensas que documentam a engenharia e a segurança do Túnel dos Grandes Lagos já estão incluídas” no registro do MPSC. “Continuamos comprometidos com o processo MPSC e com a construção do Túnel dos Grandes Lagos”, informou  Duffy. O importante é dizer que agora a empresa canadense já tem mãos todas as características específicas da tecnologia brasileira para fazer este lançamento.

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