GOVERNO SUGERE ALTERAÇÕES NO SISTEMA DE BANDEIRAS TARIFÁRIAS DE ENERGIA ELÉTRICA

eduardo bragaA crise hídrica enfrentada pelo Brasil dá sinais de que está passando, com uma perspectiva de melhora nos níveis dos reservatórios do Sul e Sudeste. Por isso o governo estuda mudanças no sistema de bandeiras tarifárias, com uma nova proposta elaborada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sendo colocada em audiência pública na última terça-feira (15).

A sugestão do governo federal muda o critério para mudança da bandeira verde para amarela. Atualmente, quando o custo de operação do megawatt-hora chega a R$ 200 começa a ser cobrada a tarifa amarela, no entanto, a proposta da Aneel quer elevar esse valor para R$ 211.

As mudanças também seriam estendidas a bandeira vermelha, que passaria a ter um custo de R$ 422 no megawatt-hora para ser acionada, frente aos atuais R$ 388. Uma bandeira vermelha com valores ainda mais caros também pode ser criada, mas a Aneel ainda não especificou o valor para quando forem usadas as usinas tidas como muito caras.

A audiência pública aberta pela Aneel irá revisar o custo extra por cada bandeira, além das faixas de acionamento de cada uma delas. Na prática, a bandeira amarela representa um custo de R$ 25 a mais para cada megawatt-hora consumido pelos brasileiros, enquanto a bandeira vermelha tem um custo de R$ 45 a mais.

A partir do ano que vem uma outra novidade para o consumidor: a arrecadação das bandeiras tarifárias também poderá ser utilizada para compensar financeiramente hidrelétricas que tenham perdas devido à falta de água nos reservatórios.

A bandeira vermelha está sendo praticada neste momento, mesmo com o desligamento, em agosto, das usinas que produzem o megawatt-hora acima de R$ 600. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (foto), o governo pretende que até o final do próximo ano as usinas com custo acima de R$ 400 por MWh sejam desligadas.

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