GREAT OIL USARÁ FLUIDO ESPECIAL EM PERFURAÇÃO DE POÇOS NA BACIA DO RECÔNCAVO

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Rubens BotteriO anúncio do governo federal sobre a 14ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que deverá ser realizada no final deste ano ou no começo de 2017, trouxe ânimo para o setor de óleo e gás. Empresas do segmento enxergam o momento como uma oportunidade de retomada dos negócios. O diretor-presidente da Great Oil, Rubens Botteri, explica que a empresa (que faz parte da Great Holdings Brasil) está interessada em participar das próximas rodadas da ANP, além de estudar outros contratos envolvendo o Projeto Topázio, de venda de ativos de produção da Petrobrás. Botteri, que também é diretor-presidente da Great Solution e da Great Energy, contou  que a empresa comprou dois blocos na Bacia do Recôncavo, na Bahia. Agora, a empresa se prepara para usar um tipo especial de fluido, fabricado usando nanotecnologia, na perfuração de poços da região. “Nos próximos três meses, vamos determinar as coordenadas onde perfuraremos esses poços. A ideia é perfurar no final deste ano ou no começo do ano que vem. Serão quatro poços nesses dois blocos, com investimento previsto de US$ 10 milhões”, afirmou.

Como é a atuação da empresa no setor de óleo e gás?

A Great Oil, que faz parte da Great, atua no setor de perfuração de poços onshore desde o ano de 2005. Ela foi constituída como Drillfor. Depois, foi adquirida pela Tuscany International Drilling e, em 2014, ela passou a ser controlada por uma empresa americana chamada Petrotech. A Great Oil tem oito sondas de perfuração com capacidade de perfurar entre 2.000 metros e 3.000 metros de profundidade. Entre os principais clientes, estão Petrobrás, Parnaíba Gás Natural e Petrogal.

Quais são os principais projetos em andamento?

No ano passado, tomamos a decisão de atuar no setor de exploração e produção. Participamos da 13ª rodada e adquirimos dois blocos na Bacia do Recôncavo, na Bahia. Foram os blocos 42 e 108. Constituímos uma empresa que vai ser o nosso braço no setor de exploração e produção, que se chama Great Energy. Nós pretendemos também participar das próximas rodadas da ANP e estamos estudando outras alternativas.

Que alternativas são estas?

Apresentamos propostas para o Projeto Topázio. E também estamos buscando outras oportunidades no Recôncavo Baiano. Uma das ideias é fazer farm in com empresas que detêm concessões nessa área.

Qual a expectativa da empresa para o mercado de óleo e gás?

Eu acho que o momento é difícil, mas está em curso uma recuperação nos preços do petróleo. A dificuldade da Petrobrás também gerou uma oportunidade. A Petrobrás quer se desfazer de campos onshore e isso gera oportunidade para quem quer adquirir. Isso se torna também uma oportunidade para o setor de serviços, que está muito deprimido há tempos. Vai ser muito bom para o mercado, de todos os ângulos que se possa observar.

O senhor poderia explicar as vantagens da utilização de fluidos biodegradáveis na perfuração de poços na Bacia do Recôncavo?

Os fluidos usados hoje são os a base d’água e os sintéticos a base de parafina. Fluidos sintéticos necessitam ser descartados porque têm componentes químicos poluentes. Nos associamos a Binder, que produz fluidos a base d’água com características e performance similares ao do fluido sintético. A Binder usou a tecnologia das nanopartículas neste produto. Esse fluido é biodegradável. Tem como componentes o éster e óleo de soja. Ele não precisa ser descartado por empresas especializadas. Nós pretendemos usar na perfuração dos nossos próprios poços e também estamos negociando com nossos clientes. Temos conversas avançadas para utilização desse fluido.

E como está a utilização desses fluidos na Bacia do Recôncavo? Em que etapa está este projeto?

Estamos reprocessando a sísmica. Já recebemos o material reprocessado e estamos analisando com nossos geólogos. Nos próximos três meses, vamos determinar as coordenadas onde perfuraremos esses poços. A ideia é perfurar no final deste ano ou no começo do ano que vem. Serão quatro poços nesses dois blocos, com investimento previsto de US$ 10 milhões.

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Sou RADIO OPERADOR com grande experiência em offshore tendo trabalhado 15 anos na mesma unidade (COMPANHIA) e com todas as certificações exigidas para a função, inclusive passaporte. Gostaria de participar de qualquer processo seletivo que porventura possa haver.

Dentro do possível, aguardo vosso contato, caso julguem necessário esclarecimento de outros detalhes me ponho à vossa disposição.

Atenciosamente,

MARCOS BORGES
RADIO OPERADOR (RPM 10635)