GREVE AFETA 60 PLATAFORMAS E PARALISA 13% DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO DA PETROBRÁS NO BRASIL

Plataforma de Petróleo e GásA greve de funcionários da Petrobrás está ganhando contornos maiores e já impacta significativamente a produção da companhia, que contabilizou uma queda de 273 mil barris de petróleo e 7,3 milhões de metros cúbicos de gás produzidos na segunda-feira (2). O total corresponde a 13% da produção de petróleo e 14% da produção de gás diária da estatal no Brasil.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que coordena a greve junto a outras entidades sindicais, afirma que calculou em 450 mil barris de petróleo diários o total que deixou de ser produzido, com a adesão de trabalhadores de 60 plataformas, além das refinarias e de terminais nacionais. Do total de plataformas afetadas, a entidade diz que 45 estão localizadas no Norte Fluminense, 13 no Rio Grande do Norte e duas no Espírito Santo, sendo que uma parte está totalmente parada e algumas foram entregues a equipes de contingência.

Na terça à noite, a Petrobrás informou que a produção continuava sendo afetada, ainda sem o balanço fechado do dia, mas estimou que o dia terminaria com uma redução de 8,5% na produção diária de petróleo e de 13% do gás.

A estatal alertou ainda que, com a perda de produção, a arrecadação de tributos recolhidos em favor da União Federal, dos estados e municípios, como os Royalties e a Participação Especial, será diretamente impactada.

“A Petrobrás está tomando as medidas necessárias para garantir a manutenção de suas atividades, preservando suas instalações e a segurança de seus trabalhadores. A companhia reitera que, apesar do efeito na produção de petróleo e gás no Brasil, resultante do movimento grevista, a distribuição está funcionando dentro da normalidade e não há previsão de desabastecimento do mercado”, afirmou a empresa em nota.

Os grevistas reivindicam que a companhia cancele o plano de venda de ativos, além da manutenção dos direitos dos trabalhadores e um reajuste salarial de 18%, ante a proposta da Petrobrás de reajuste de 8,11%.

“Os petroleiros entraram em greve por uma causa que é de todos os trabalhadores brasileiros: a luta contra a privatização da Petrobrás, a defesa da vida e da soberania. A maior empresa nacional sofre graves ataques, que já afetam a economia do país e comprometem milhões de empregos. O condenável esquema de corrupção, envolvendo ex-diretores e ex-gerentes, não pode servir de pretexto para privatizar uma empresa, cujos investimentos gerados respondiam, até há bem pouco tempo, por 13% do PIB”, afirmou a Federação em nota.

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