SINDICATOS SINALIZAM PARA INTENSIFICAÇÃO DA GREVE EM UNIDADES DA PETROBRÁS

fupSem acordo em vista, a greve nas unidades da Petrobrás continua a se intensificar. Os petroleiros não têm entrado em acordo com as propostas apresentadas nesta semana por representantes da estatal, e a tendência é de que a paralisação nacional cresça ainda mais nos próximos dias. O movimento, que vem sendo liderado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), já atinge 50 unidades marítimas da empresa na Bacia de Campos, seis plataformas no Ceará e três no Espírito Santo, além de diversas refinarias e campos terrestres.

Após ter sua reunião com dirigentes da Petrobrás cancelada nesta terça-feira (10), a FUP orientou seus dirigentes sindicais a dar continuidade ao movimento grevista, buscando novas adesões. As bases trabalhistas da federação já somam 11 refinarias paralisadas, sem troca de turno.

A FNP, por sua vez, chega nesta quarta-feira (11) ao seu 14° dia de greve. A federação conquistou novas adesões esta semana e apresenta um quadro de ampla paralisação nas unidades da empresa espalhadas pelo país. Segundo a associação, que também teve um encontro cancelado com a companhia nos últimos dias, a diretoria não tem apresentado nada de concreto.

Com o decorrer da mobilização nacional, a produção da estatal tem sido afetada. Na última semana, a companhia emitiu um comunicado constatando uma perda de 134 mil barris de petróleo em sua produção diária. A estatal busca amenizar a redução por meio de equipes de contigência que atuam nas unidades paralisadas.

Nesta terça-feira (10), um vazamento de óleo foi registrado na P-37, que vem sendo operada por contingentes emergenciais na Bacia de Campos. O acidente causou uma mancha de cerca de 370 litros de óleo na região. Segundo a FUP, o problema reflete a postura da estatal em optar pela manutenção da produção. “O acidente ambiental foi fatalmente causado pela irresponsabilidade da Petrobrás, que ao invés de respeitar o direito de greve dos trabalhadores, envia equipes de contingências às suas unidades, integradas por profissionais não capacitados para operar as plataformas com segurança”, aponta a federação dos petroleiros.

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