IBP APRESENTA ESTUDO NESTA SEGUNDA COM PROPOSTAS DE MUDANÇAS NO CONTEÚDO LOCAL | Petronotícias




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IBP APRESENTA ESTUDO NESTA SEGUNDA COM PROPOSTAS DE MUDANÇAS NO CONTEÚDO LOCAL

Jorge Camargo IBPO Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) vai se posicionar em relação à discussão que tem ganhado volume nos últimos meses em torno do conteúdo local, com o lançamento de um estudo, nesta segunda-feira (25), sobre mudanças defendidas pelas operadoras, como o presidente da instituição, Jorge Camargo (foto), já havia antecipado em entrevista ao Petronotícias. O projeto vem num momento em que as empresas fornecedoras brasileiras passam por uma situação delicada, sem encomendas no horizonte próximo, e com muita expectativa em relação ao novo plano de negócios da Petrobrás. Além disso, as entidades de classe, os empresários e os sindicatos também andam em alerta sobre as últimas decisões da estatal brasileira, que repassou uma série de contratos de construção de plataformas e módulos das mãos de empresas brasileiras para empresas chinesas, confrontando diretamente as afirmações da presidente Dilma Rousseff e da ANP.

O IBP vem buscando um entendimento com a ANP para que as penalizações sejam reduzidas, com o intuito de encontrar outras maneiras de estimular o aumento das contratações locais. De acordo com números da agência, as multas somadas até o fim de 2014 em função da política de conteúdo nacional chegaram a R$ 315 milhões, sendo que a maior parte (R$ 278 milhões) foi aplicada somente em 2014.

“A indústria é a favor do conteúdo local, mas temos que aprender com os erros e acertos do que já foi feito. Estamos vivendo um momento de transição. Termina um ciclo, no meio de uma crise, e estamos começando um novo ciclo, em que precisamos refletir sobre como podemos construir essa indústria local de uma forma sustentável e competitiva”, afirmou Camargo em entrevista ao Petronotícias no dia 11 de maio.

A Petrobrás é uma das empresas que mais vem recebendo multas em função do conteúdo local, mas em 2015 a BG também sentiu na pele o efeito do não cumprimento da política, quando foi multada, já com desconto, em cerca de R$ 193 milhões pelas atividades no bloco BM-S-52, na Bacia de Santos. No entanto, apesar de ser a operadora, a empresa britânica detinha apenas 40% da área, sendo os 60% restantes – e portanto a mesma parcela da multa – pertencentes à Petrobrás.

As operadoras – principalmente a estatal brasileira – vêm pressionando o governo a flexibilizar as regras de conteúdo local na indústria de óleo e gás, mas a própria presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou em evento em Pernambuco recentemente que não mexerá na política.

“A política de conteúdo local é o centro de uma política maior de recuperação da capacidade de investimento do nosso país. A recuperação da indústria naval é a história de uma decisão política. Nós só chegamos até aqui porque rompemos uma realidade terrível criada por alguns poucos brasileiros que diziam que não tínhamos competência para construir navios de qualidade”, afirmou na ocasião.

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Assis PereiraCARLOS ALBERTO Recent comment authors
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CARLOS ALBERTO
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CARLOS ALBERTO

VAMOS GERAR EMPREGOS NO NOSSO PAÍS E NÃO NA CHINA. ISSO É UMA VERGONHA MILHARES DE BRASILEIRO SEM TRABALHO E A PETROBRÁS TIRANDO NOSSAS OBRAS DO BRASIL PARA GERAR EMPREGOS NA CHINA.
A ONDE VAMOS PARAR?

Assis Pereira
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Assis Pereira

SUSTENTABILIDADE DO CONTEÚDO NACIONAL Por Assis Pereira / Engenheiro e consultor da Petrobrás O conteúdo nacional nas plataformas da Petrobras em suas instalações offshore, assim como nos grandes empreendimentos onshore, nas cinco refinarias em construção, não vem funcionado de maneira eficiente. Na prática, possui mais conteúdo político e não vem alcançando o verdadeiro propósito que seria de se esperar deste importante programa nascido com a então ministra Dilma Rousseff, quando da sua passagem pela Casa Civil da Presidência da República, em ação conjunta com Graça Foster, que lhes concedeu projeção política no governo Lula a ponto de tornarem-se hoje, respectivamente,… Read more »