IBP SAI EM DEFESA DA LIBERDADE DE PREÇOS ENQUANTO FUP PEDE POR POLÍTICA DE ESTADO NOS COMBUSTÍVEIS

Roberto-Castello-BrancoA pauta sobre os preços dos combustíveis voltou de vez ao mercado, após o novo reajuste feito pela Petrobrás e as críticas de Jair Bolsonaro ao presidente da estatal, Castello Branco (foto). De um lado, a indústria – representada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) – saiu em defesa da abertura do mercado de downstream e a dinâmica de preços livres. Na outra ponta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) fez críticas à Petrobrás e pediu uma política de preços de Estado para o mercado de combustíveis.

O IBP emitiu uma nota reafirmando sua “defesa de um mercado aberto, competitivo, dinâmico, ético, com segurança jurídica e previsibilidade regulatória”. A entidade acredita que essas premissas garantem que os setores de refino e distribuição serão capazes de “atrair novos atores e investimentos, de médio e longo prazo, em infraestrutura logística, produção de combustíveis e derivados, além da garantia do abastecimento nacional”.

bomba gasolinaO instituto também defendeu que em um ambiente com diversos agentes econômicos, é preciso preservar a dinâmica de preços livres, com alinhamento à paridade internacional, assim como tem feito a Petrobrás desde a gestão de Pedro Parente. “Os derivados são commodities comercializadas internacionalmente e a paridade traz previsibilidade e transparência ao mercado”, completou o IBP.

Na direção oposta ao representante das grandes petroleiras, a FUP afirmou que os novos reajustes da gasolina e do diesel reforçam a necessidade de uma política de Estado para o mercado de combustíveis, que inclua a garantia de abastecimento à população. Os petroleiros também criticaram o governo federal, que está se concentrando em atacar os impostos estaduais e as margens das distribuidoras.

Deyvid BacelarNa visão da FUP, o presidente Bolsonaro deveria se concentrar em outra questão: a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobrás há quase cinco anos. “Para piorar tal cenário, a gestão da Petrobrás tenta defender o PPI usando como argumento a “necessidade de garantir o abastecimentodo país. Mas é importante lembrar que antes de 2016 a empresa não adotava tal política, e, no entanto, nunca houve risco de desabastecimento no país”, recordou a federação.

A FUP declara ainda que a previsibilidade dos preços de combustíveis só será possível com o fim do PPI. Para a entidade, essa política faz com que valores de gasolina, óleo diesel e gás de cozinha variem de acordo com as cotações de petróleo e dos combustíveis no mercado internacional. “Desde o início defendemos que o governo e a atual gestão da Petrobrás devem adotar uma política de preços baseada nos custos nacionais de produção, mesmo com alguns ajustes para atender critérios internacionais. Dessa forma, os combustíveis seriam bem mais baratos, sem precisar alterar tributos, que têm a finalidade de atender as demandas sociais do povo com serviços públicos de qualidade”, explicou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar (foto).

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