IBP VÊ HORIZONTE DE 8 A 10 ANOS PARA INÍCIO DA PRODUÇÃO DE GÁS NÃO CONVENCIONAL NO BRASIL

Por Daniel Fraiha, Davi de Souza e Rafael Godinho –

João Carlos de Luca, presidente do IBP.O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, afirmou nesta quinta-feira (28) que, mesmo que as empresas tenham grande interesse em desenvolver o mercado de recursos não convencionais no Brasil, a produção deste gás não deve ser iniciada em menos de oito anos. A falta de regulamentação, as demora no licenciamento e a não existência de uma indústria voltada a este tipo de operação foram apontados como os principais fatores responsáveis pelo prazo mais longo do que o comum. Acompanhe a cobertura completa da 12ª rodada de licitações da ANP no Petronotícias.

“Os tempos para o nosso gás não convencional são muito diferentes do que acontece nos Estados Unidos. Para isso, é necessária a utilização de muitos equipamentos específicos e nós não temos esse volume aqui no Brasil. Nosso horizonte para o início dessa produção aqui é de oito a 10 anos. É o que estamos prevendo”, disse.

De Luca ressaltou também que a questão ambiental ainda é uma coisa a ser discutida com equilíbrio, para que os devidos cuidados sejam tomados, respeitando e protegendo o meio ambiente, ao mesmo tempo em que se permita o desenvolvimento de uma nova indústria nacional.

“Ainda temos que avançar muito na regulamentação e o próprio licenciamento ainda é um desafio. Temos que trabalhar para garantir a segurança ambiental e ao mesmo tempo desmistificar o fraturamento hidráulico. Essa é uma atividade que existe há muito tempo e existem maneiras de se precaver”, afirmou, destacando que é interesse das operadoras levar adiante a discussão sobre as questões ambientais e de regulamentação: “Hoje a imagem de uma empresa é o que mais importa, então as companhias têm total interesse em realizar as operações da forma mais segura possível“.

O executivo reconheceu que o interesse da indústria pela 12ª rodada está sendo menor do que o apresentado na 11ª, mas atribuiu isso ao fato de que algumas áreas estão localizadas em regiões muitos remotas, sem possibilidades de escoamento da produção, além de grandes desafios de infraestrutura.

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