INSTITUTO BRASILEIRO DO PETRÓLEO DIVULGA NOTA DEFENDENDO QUE OS PREÇOS SIGAM O MERCADO DO PETRÓLEO
O Instituto Brasileiro do Petróleo, o IBP, divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira (22) para falar sobre a sua posição em relação a formação de preços do petróleo, além das demais commodities, comercializados no mercado internacional. O IBP defende que os preços no Brasil não se desconectem dos preços de mercado, por acreditar que este caminho é o de menor custo para a sociedade no médio-longo prazos. Veja a nota na íntegra:
“O petróleo, como as demais commodities, é comercializado no mercado internacional e sua cotação é mostrada de forma transparente e em tempo real nas bolsas de mercadorias, refletindo as dinâmicas globais de oferta e demanda. Uma característica básica do mercado de commodities é que os seus preços não são controlados pelos produtores, mas dados por centenas de variáveis, derivadas, dentre outros, de fatores geopolíticos, logísticos, climáticos, e o mesmo critério se aplica ao mercado de petróleo.
Ainda que ao longo da década de 1970, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tenha exercido alguma influência nos preços, a realidade atual é marcada por um contexto internacional de complexidade muito maior, no qual diversos elementos entram em cena no sentido de afetar os preços.
O aumento no preço do petróleo observado ao longo da década de 2000, motivados pela elevação da demanda global, puxada, sobretudo, pela China, acarretou a busca de novas áreas produtoras com o auxílio de tecnologias cada vez mais sofisticadas que viabilizassem sua produção econômica. Em um mercado mais competitivo, com a entrada dos novos players, os preços passaram a se aproximar do seu custo marginal.
O caso mais notável é o do shale norte-americano, cuja produção supera em mais de duas vezes a produção total brasileira. O desenvolvimento da técnica do fracking ao longo dos anos 2000 levou a um boom na produção de petróleo norte americana. Nesse contexto, os EUA passam a ter um papel contundente na formação dos preços no cenário internacional; e ainda que países de relevância, como a Rússia, atuem como aliados da OPEP, no grupo chamado OPEP+, foram justamente desalinhamentos entre aliados, por conta de discordâncias sobre as cotas de produção por país, que contribuíram para o excesso de oferta causador da queda vertiginosa dos preços no início da pandemia da COVID-19. O cenário de volatilidade foi aguçado com o conflito entre Rússia e Ucrânia, mostrando que o contexto geopolítico desempenha um papel-chave na dinâmica dos preços das commodities.
Deste modo, é fundamental que os preços locais de derivados de petróleo sejam alinhados àqueles praticados no mercado internacional, de modo a dar as sinalizações adequadas aos agentes que trabalham diuturnamente para garantir o abastecimento nacional. Assim, o IBP defende que os preços no Brasil não se desconectem dos preços de mercado, por ser este o caminho de menor custo para a sociedade no médio-longo prazos. A liberdade de importação e exportação de derivados e biocombustíveis, a competição, a atração de investimentos, a geração de novos empregos e, consequentemente, a garantia do abastecimento nacional são eventos indissociáveis.”
Desafio o IBP mostrar que o PPI é referente a preços internacionais. É referente a I de importação com custos desta, adicionais, incluídos. É necessário que se fale a verdade. O IBP deveria mudar o nome para IEP, com é de Estrangeiro bem explícito. E a confusão é intencional pois nunca esclarece. Só distorce. Sugiro listarmos os nomes de quais empresas e proprietários estão ganhando muita grana com o I de importação e internação. E ninguém aceita o desafio de esclarecer tal da maluquice criada Pelo senhor Pedro Parente para aumentar a competição? Duvido que me mostrem números de preços… Read more »
Também os folhelhos (shale) americanos nada tem a ver com o assunto. Folhelhos são rochas de elevadíssima porosidade absoluta (armazéns de petróleo) e baixíssimas permeabilidades (dutos naturais onde óleo se move dentro do reservatório). Assim para se extrair óleo dele é preciso criar caminhos (dutos) artificiais via fraturas feitas a partir de um poço especial, com caminhamento horizontal (normalmente são verticais), para que óleo possa ser extraído dos reservatórios. Nos USA, na Plataforma canadense e na Rússia os folhelhos são abundantes e ocupam grandes áreas em subsuperfície. Nestas localidades as bacias são profundas o suficiente ou seja tem temperatura suficiente… Read more »
APESAR DO GOVERNO BOLSONARO TROCAR O COMANDO DA PETROBRAS POR TRES VEZES, A GASOLINA BRASILEIRA É A TERCEIRA MAIS CARA DO MUNDO. Onde foi parara a famigerada PPI de Bolsonaro, Paulo Guedes e séquito? Os tecnocratas da Petrobras determinaram que os preços dos combustíveis nas refinarias devem ser formados como se os combustíveis tivessem sido importados. Estimam o preço pago ao refinador estrangeiro, somam o custo do transporte, as taxas portuárias, seguros, margem de risco, com os lucros de toda a cadeia de importação e definem que este Preço Paritário de Importação (PPI) deve ser cobrado para os combustíveis vendidos… Read more »
Mui claro
FARRA DA PPI: O Brent está sendo negociado nesse momento (25/04/2022), abaixo do 100 (na casa dos 99 dólares o barril). Já esteve recentemente cotado a 130 dólares e naquele momento a Petrobras, de imediato, seguindo ordenamento dos importadores, fez cumprir o regramento da PPI reajustando de uma só vez os combustíveis, num golpe mortal para a economia brasileira, produzindo uma disparada geral nos preços. Agora, o petróleo Brent está em queda acentuada (99 dólares), beirando os 31% do seu topo em 130 dólares, com o Real acompanhado a queda acentuada do dólar que já esta depreciado em cerca de… Read more »